segunda-feira, 14 de maio de 2007

RIA FORMOSA

Findo o processo de elaboração da revisão do Plano de Ordenamento do Parque Natural da Ria Formosa, daqui em diante designado por Plano, decorre o período de discussão pública do mesmo, que terminará em 6 de Junho.
A este propósito, teve lugar no passado dia 11 de Maio, uma sessão pública na sala da Assembleia Municipal de Loulé.
Uma primeira explanação dos trabalhos desenvolvidos ficou a cargo de uma representante da empresa F.B.O., a mesma a quem foi recentemente adjudicado o processo de revisão do PDM de Loulé.
Em concreto ficámos a saber que:
- não foram alterados os limites do PNRF(parque natural da ria formosa);
- este é um Plano que define níveis de protecção ambiental a que ficará sujeito o território do PNRF e, deste modo, na planta síntese de ordenamento, não são cartografados os perímetros urbanos existentes e/ou previstos pelos PDM’s (planos diretores municipais).
Ficámos ainda a saber que:
- neste Plano não são indicados índices de construção: cada autarquia, em sede de revisão do respectivo PDM, proporá a delimitação de perímetros urbanos e respectivos índices;
- este Plano não tem qualquer estratégia de sustentabilidade económica para o território em causa;
- deixa de existir a (petulante e inaceitável) prorrogativa contida no actual Regulamento do Plano que, em síntese, estabelecia: “a não emissão de pareceres, por parte do PNRF, dentro do prazo legalmente estabelecido, é equivalente a um indeferimento tácito“.
Não ficámos a saber:
- quais os critérios de articulação de políticas de ordenamento do território entre este Plano e as intenções que as autarquias venham a estabelecer nas próximas revisões de PDM’s;
- o futuro dos diversos PMOT’s (planos municipais de ordenamento do território) em curso, muitos dos quais sustentados por protocolos estabelecidos entre as autarquias e privados.

6 comentários:

Anónimo disse...

Ficamos então a saber que o momento crucial é o da Revisão do PDM.Se persiste muita indefinição e tanta coisa é remetida para ela pois não há dúvida que teremos que ter muita ateñção ao trabalho da CML.

Anónimo disse...

Caríssimos

Comentei qq coisita para o blog - não sei se chegou, talvez não .
Refiro-me a uma coisa que me causou indignação - o facto de, no tal Regulamento de não-lembro-bem-o-quê - talvez da Ria Formosa - se introduzir uma cláusula que diz "por ausência de resposta presume-se a reprovação"
Ora bem, esse artigo é, pelo menos, inconstitucional - ou não está de acordo com o Código Civil .
Apresentar um projecto é como fazer um requerimento - o que, nos termos do Cod.Civil tem SEMPRE resposta .
No caso de silêncio PRESUME-SE A APROVAÇÃO - e nunca o contrário .
Consultem um advogado que vos explicará isto em termos legais e impugnem JÁ esse fascismo regulamentar .
Irra que há gente que é demais ...
- Olha, hoje não me apetece responder àquele gajo, deixa para lá, fica chumbado o projecto ...

Uma coisa dessas, razoavelmente conduzida e manobrada, dava na demissão imediata de toda essa pandilha .
Mesmo ao longe ainda tenho as minhas raivas e as minhas iras de estimação .

abraços

Anónimo disse...

ZZ
Não foste o único a ter dificuldades para fazer um comentário. Houve um problema que entretanto, penso, já está resolvido. Se voltar a acontecer existem duas alternativas, enviar o comentário por mail e eu publico ou, sobre o link dos comentários carregar no botão do lado direito do rato e "abrir".

Anónimo disse...

Eu não entendi que as diversas Câmaras poderiam introduzir indices em áreas da Ria Formosa, mas foi isso que foi tentado dizer em Faro,na sessão de "esclarecimento" mas que não passou, porque a malta não estava a dormir.. Não acredito que um plano especial de ordenamento de território, possa ser violado por um PDM. A sra. eng. que apresentou o Plano tinha instruções para "ventilar" essa possibilidade, mas a malta ainda não está morta, que é o contrário e estar viva, como diz a LiLi Caneças e que cada vez me parece mais ser efectivamente a única quase verdade a ser dita em Portugal....

A àrea do parque configura com REN* REDE NATURA + O não absoluto, não tenham veleidades sobre isto.

Boas blogadas, e não tenham medo de comentar, já somos todos presos políticos da democracia, não precisamos é de estar mortos, e já agora para o dicionário.

Represália- Ter de meter projectos na Câmara, apartir daí já é ganho.

fanan

Anónimo disse...

Presidente de Faro vai tentar impedir aprovação de plano para a Ria Formosa

O presidente da Câmara de Faro garantiu hoje que vai contestar até ao "limite" das suas forças a aprovação do Plano de Ordenamento do Parque Natural da Ria Formosa (PNRF) na sua versão actual, que considera "inaceitável".

O Plano de Ordenamento do PNRF esteve em fase de discussão pública até quarta-feira da semana passada e o parecer técnico deverá seguir para Conselho de Ministros para aprovação nos próximos meses.

Em conferência de imprensa, o presidente da Câmara Municipal de Faro, José Apolinário (PS), classificou a proposta do Instituto de Conservação da Natureza de "inaceitável", considerando que "não respeita as pessoas" e penaliza fortemente viveiristas e mariscadores.

"É necessário que haja intervenção política para corrigir aspectos essenciais do plano e impedir a sua aprovação", afirmou o presidente da autarquia, que vai pedir com urgência reuniões com o Ministério do Ambiente.

Segundo José Apolinário, o Plano de Ordenamento da Ria Formosa chega a ser mais restritivo que o próprio Plano Regional de Ordenamento do Território do Algarve (Protal) e entra em contradição com este documento.

Projecto previsto no Protal não contemplado

Como exemplo, refere o facto de o Protal admitir a criação de um núcleo de desenvolvimento turístico no Pontal, mas o plano de ordenamento da Ria Formosa proibir todo e qualquer projecto mesmo que integrado num parque ambiental.

Por outro lado, diz, o plano "não respeita as pessoas que vivem na rua", penaliza fortemente mariscadores e viveiristas, com áreas de trabalho "interditas, mal localizadas e tecnicamente mal fundamentadas".

"O plano abrange um terço do concelho de Faro, o que significa que cerca de trinta por cento do território não é objecto de intervenção deliberativa da Câmara", lamentou.

"A ria é um santuário, mas tem cidades ao lado e não se podem impor normas tão restritivas de acesso à Ria Formosa como se de um parque isolado se tratasse", concluiu.

Na conferência de imprensa, estiveram presentes cerca de meia centenas de moradores e representantes de associações das ilhas-barreira da Ria Formosa.n

Agência Lusa

Anónimo disse...

necessario verificar:)