terça-feira, 30 de setembro de 2008

PRIMEIRAS JORNADAS DE DESIGN DE INTERIORES


A Escola Superior de Artes Decorativas da Fundação Ricardo Espírito Santo Silva vai promover as primeiras Jornadas de Design de Interiores em Portugal.
A iniciativa destina-se a estudantes, profissionais e ao público interessado por esta área e pretende dar a conhecer algumas das propostas cimeiras realizadas por criadores portugueses.
A Fundação integra O Museu, que reúne uma importante colecção de mobiliário, porcelanas, textéis, ourivesaria, azulejos, pintura etc., a Escola Superior de Artes Decorativas, o Instituto de Artes e Oficios e as oficinas onde são restauradas e reproduzidas peças antigas.
9 e 10 de Outubro - Largo Portas do Sol, Alfama, Lisboa.

segunda-feira, 22 de setembro de 2008

DIA EUROPEU SEM CARROS


Diversas cidades europeias aderem a esta campanha com diversas iniciativas tais como emprestando bicicletas, proibindo a circulação de carros em parte dos núcleos urbanos, transportes públicos gratuítos, divulgando informação relativa a questões ambientais.
No caso da nossa região, é oportuno perguntar a final em que ponto está a tão aguardada Eco-via do Algarve?
Em 2004 foi apresentado o projecto da Eco-Via do Algarve que pretendia criar um percurso seguro para peões e veículos não motorizados, contínuo entre Vila Real de Sto. António e Sagres. O trajecto procurava articular percursos de natureza, localizados em áreas protegidas, com troços de circulação restrita e condicionada, por forma a permitir um conjunto de usos diferenciados que vão do lazer e turismo às deslocações regulares dos residentes em alternaviva ao uso dos carros.
O projecto integrado na rede europeia de Vias Verdes, envolveu os doze concelhos litorais numa extensão de cerca de 210Km, e ligando o Algarve à rede Europeia através de Espanha (Via Verde del Litoral).
A conclusão da fase I, ou seja a Via do Litoral, estava prevista para finais de 2006.
O facto é que em 2008 os postais turísticos desta via nem sempre são muito atraentes.

sexta-feira, 19 de setembro de 2008

BARCOS TRADICIONAIS DO GUADIANA

Galeões, chatas ou bateiras, navios, canoas, botes, lanchas, traineiras, barcaças, escalares, buques e pateiras. São nomes de tipos de barcos que navegavam no rio Guadiana até aos anos 60 e que José Murta Pereira se inspirou para criar um conjunto de réplicas. A exposição das peças está agora no Museu do Rio, em Guerreiros do Rio, de onde o artista é natural.
Para tirar o maior partido da visita, o melhor é subir o rio de barco (privativo ou de carreira) e atracar em Guerreiros do Rio.

(Museu do Rio)

terça-feira, 16 de setembro de 2008

UM COMENTÁRIO JÁ ANTIGO, QUE AINDA NÃO TINHA SIDO PUBLICADO

"Olá, João. Pedes o meu comentário sincero. Dou-o muito facilmente: o teu blogue abre uma janela electrónica, mas não virtual, de bom gosto, inteligência e esperança no meio do caos de cimento que desde há trinta anos, com tanta pena minha, se instalou no Algarve! Juntas o útil ao agradável, publicitando os teus projectos - que bem justificam uma assinatura - com a divulgação lúdica, original e muito bem escrita de informações de interesse geral. Já dizia o Aristóteles que a forma é a alma das coisas - sobretudo para quem tenha por ofício habitar a arte, atrevo-me a acrescentar. A alma algarvia tem estado doente - vêm-me sempre à memória a marina cor-de-laranja de Portimão, a marina de todas a cores de Albufeira, a muralha de torres suburbanas da Praia da Rocha (o que diria o autor de "Agosto Azul" ou "Regressos" !?) ou das torres não menos suburbanas de Armação. Apesar de tudo o que já se escreveu e disse, tenho para mim que Quarteira teve a sorte de ter crescido de forma bem mais sustentada e ordenada que os exemplos que citei: foi planeada para acolher a multidão do Verão - falta-lhe um mercado e um lugar para o carro; não foram desventradas algumas das mais bonitas falésias da Europa; foi gizada uma avenida marginal onde vale a pena passear. Fui informado há algum tempo, no âmbito de um encontro profissional, que Quarteira terá mesmo sido utilizada como modelo para o POLIS da Caparica, o que faz todo o sentido dadas as semelhanças geográficas e de turismo entre as duas praias. Aqui fica então o meu comentário sincero e o encorajamento para que prossigas o teu blogue: serei um leitor muito interessado. Ofereço em troca um pequeno poema - que aqui guardo no computador do escritório - inspirado pela praia que me deu a conhecer a beleza do Algarve, já lá vão alguns anos, e onde no Verão passado tive que esperar que a maré baixasse para poder estender a toalha! Um abraço. Miguel A. S.

"Don'ana
Impregna-se a baunilha na maresia, percorre a textura rosa da falésia, a distância que define o tempo e que chega sem demora agora. As esponjas, as estrelas e os cavalos-marinhos brincam na areia molhada. Ecoam as frágeis vagas, timidamente, pelos socalcos rugosos das rochas. Preenche-se o espaço com a unidade duma esfera imóvel e sem idade, que logo se esfrangalha, em reminiscências várias, subindo de um palco sem tecto, levada pelo vento do afecto
."

sexta-feira, 12 de setembro de 2008

AQUI NÃO HÁ NET


Intervalo no blog até 2ª feira...

quinta-feira, 11 de setembro de 2008

QUALQUER UM PODE FAZER PROJECTOS

O resultado é que pode sair mais caro e pouco prático.

terça-feira, 9 de setembro de 2008

DECLARAÇÃO PRÉVIA -D.L. 259/2007

Basicamente este diploma vem obrigar os proprietários de estabelecimentos de comércio de produtos alimentares e estabelecimentos de comércio não alimentar e de prestação de serviços que podem envolver riscos para a saúde e segurança, a fazer uma declaração em que se responsabiliza que o estabelecimento cumpre os requisitos legais.
A declaração é feita através deste modelo:

(link)

Antes do início da actividade, a declaração é preenchida em duplicado, sendo uma entregue na câmara e outra enviada para a Direcção Geral da Empresa.

Apesar de já se encontrar em vigor há um ano o D.L. 259/2007 passou despercebido por muitos sitios, tendo acontecido situações caricatas com a A.S.A.E. a exigir a entrega das declarações e as câmaras a olharem para os ditos papéis e a recuzarem dar entrada aos mesmos.

Este decreto vem ainda proibir a instalação de estabelecimentos que vendam bebidas alcoólicas junto de escolas básicas e secundárias, ficando o "junto" por definir por parte das autarquias.

ESQUIÇO

Alguns projectos começam assim...

segunda-feira, 8 de setembro de 2008

UM ÚNICO DECRETO LEI PARA SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIOS


O Conselho de Ministros aprovou:


"O regime jurídico de Segurança Contra Incêndio em Edifícios e determinar as condições de segurança contra incêndio a aplicar a todas as utilizações de edifícios, bem como de recintos itinerantes ou ao ar livre, reunindo num único diploma legislação que actualmente se encontra dispersa por um número excessivo de diplomas avulsos.
O projecto contém um conjunto amplo de exigências técnicas aplicáveis à segurança contra incêndio, no que se refere à concepção geral da arquitectura dos edifícios e recintos a construir, alterar ou ampliar, às disposições sobre construção, às instalações técnicas e aos sistemas e equipamentos de segurança. Contempla, também, as necessárias medidas de autoprotecção e de organização de segurança contra incêndio, aplicáveis quer em edifícios existentes, quer em novos edifícios a construir..."

Aguardamos a sua publicação e entrada em vigor, com esperança de que agora acabem as interpretações pessoais sobre as leis, por parte de algumas delegações da A.N.P.C., baseadas por vezes em normas internas que ninguém conhece, ou manuais dos seguros sem qualquer valor legal, etc.
Parece ser que brevemente deixam de existir um D.L. de segurança contra riscos de incêndio em edifícios de habitação, outro para edifícios públicos, outro para comércio, outro para indústria, outro para escolas, outro para hospitais, outro para estádios, salas de espectáculos, circos, e, e, e, e, e, ufa.

terça-feira, 2 de setembro de 2008

AINDA ESPANHA

O sector da construção em Espanha vai mal.
Vai seguir-se o resto da economia.
Espanha teve nos últimos anos 10 anos um dinamismo elevado para o qual contribuiu um forte investimento em construção e em toda a actividade imobiliária: construção e desenvolvimento de projectos, comercialização, financiamento, actividades complementares (por ex. decoração), etc.
Esta história é conhecida e também se sabe que já acabou. Agora está tudo do avesso.
Da mesma forma que a expansão económica veio a par e suportou o imobiliário, agora, com menos dinheiro no bolso, e com a economia a crescer muito menos, o imobiliário espanhol sofre.
O que se passa?
Quando as pessoas sentem aumentos continuados na sua riqueza imobiliária –quando o preço do seu imóvel sobe mais do que a média dos preços – ajustam para cima os seus níveis de despesa, ou seja, sentem-se mais ricas e gastam mais. Por isso é que normalmente o aumento dos preços da habitação anda a par com o aumento do consumo.
Estes efeitos não têm nada de irrelevantes porque o imobiliário é um sector com muito peso e também porque a riqueza imobiliária é uma parte significativa da riqueza - dos activos - de uma família e um impacto sobre essa componente tem efeitos poderosos e prolongados sobre o comportamento das famílias.
O que vai acontecer agora em Espanha é a queda do imobiliário pressionar para baixo o consumo e o ritmo económico o que por sua vez vai agravar a situação no imobiliário. Entra-se num círculo vicioso descendente para que os desequilíbrios se reduzam.
Os proprietários vão sentir o seu património desvalorizado e vão ajustar as despesas tendo em conta esse novo valor. Isso não acontece se se pressente que essa queda dos preços é temporária e que dentro em pouco tudo volta a ser como dantes. Infelizmente há pouca convicção de que esta seja a versão que vai vingar. Por isso, os consumidores espanhóis vão controlar muito bem as suas despesas nos próximos tempos. A actividade está em queda, o desemprego a subir e o rendimento disponível vai ressentir-se.
Mas nestas coisas não há só quem perca. Quem não tem património imobiliário ou se esse património é insuficiente – por exemplo, famílias jovens que querem comprar casa pela primeira vez – vai encontrar imóveis disponíveis mais baratos. Do mesmo modo, os inquilinos podem ter possibilidade de ver controladas as rendas, nomeadamente, por via do aumento da oferta de casas para arrendar.
Este é um dos mecanismos económicos que pouco a pouco vai tender a repor alguma normalidade no mercado imobiliário. Por outro lado, diz-nos quais podem ser as áreas do imobiliário espanhol que se podem manter à tona de água: o arrendamento e a procura inicial das famílias jovens. Pode tentar-se ajustar a oferta a este tipo previsível de procura: pequenas tipologias, casas com soluções modernas, com boa envolvente urbana, etc. Será isto?
Então e nós?
Em Portugal este boom dos imóveis nos últimos anos não aconteceu.
Segundo o Instituto Nacional de Estatística (INE) entre 2000 e 2006 o valor dos prédios urbanos hipotecados (Continente) subiu 5,8% ao ano. Uma taxa moderada.
Isto foi assim porquê? Porque andamos em dieta desde 2000. O nosso crescimento tem sido muito baixo, os salários não sobem, estamos a digerir as dívidas contraídas nos anos de viragem do século e as finanças do Estado estiveram pelas ruas da amargura. Por causa da dieta rigorosa de vários anos podemos ir a banhos neste Verão de 2008 em melhores condições do que os gordos dos espanhóis. Somos mais pequeninos que eles mas estamos agora menos gordos. É caso para se dizer bendita dieta!
Ainda assim convém por umas velinhas a São Trichet – o sr. do Banco Central Europeu – para que as taxas de juro baixem e baixem com elas os nossos encargos com a dívida à banca. Em Junho e segundo dados do Banco de Portugal, os particulares deviam à banca 132 459 milhões de euros e o crédito de cobrança duvidosa era cerca de 2%. O endividamento tem continuado a subir de ano para ano mas tem abrandado.
O que se passa em Portugal e em Espanha é também um processo de aprendizagem por parte das famílias e das empresas sobre tomada de decisões em ambiente de taxas de juro baixas e de câmbios fixos (na Zona Euro). Isto é, o euro veio criar novas regras que todos vão ter de aprender, se possível, sem dor. Temos de sentir que dinheiro fácil e taxas de juro baixas não é equivalente a acabaram as dificuldades. As dificuldades não desapareceram foram apenas trocar de roupa.
Nós já começámos a aprender a conviver com dinherio fácil e taxas de juro baixas. Os espanhóis vão também ter de decorar esta tabuada.
Luis Rosa

segunda-feira, 1 de setembro de 2008