sexta-feira, 21 de dezembro de 2007

ORGÃO DO MAR - ZADAR

Situado na costa de Zadar uma cidade da Croácia, encontramos o Órgão do Mar – degraus cravados em rochas que têm no seu interior um interessante sistema de tubos que, mediante a velocidade e a força das ondas criam notas musicais em composições aleatórias.
Criado em 2005, este projecto foi vencedor europeu para espaços públicos.
Zadar é uma bela cidade litoral da Croácia e foi duramente castigada durante a 2ª Guerra Mundial. A criação do Órgão é também uma iniciativa para devolver um pouco do que o lugar perdeu com tanta destruição e sofrimento. Vejam a estrutura interna das “escadas”. O detalhe das ondas e notas musicais que somadas à energia das ondas criam musica.


segunda-feira, 17 de dezembro de 2007

OSCAR NIEMEYER - "A VIDA É UM SOPRO"

"Não é o ângulo recto que me atrai.
Nem a linha recta, dura, inflexível,
criada pelo homem.
O que me atrai é a curva leve e sensual.
A curva que encontro nas montanhas
do meu país,
no curso sinuoso dos rios,
nas ondas do mar
nas nuvens do céu,
no corpo da mulher preferida.
De curvas é feito todo o Universo.
O universo curvo de Einstein."

Oscar Niemeyer fez 100 anos no dia 15 de Dezembro.
O arquitecto nascido no Rio de Janeiro, tem como obra mais emblemática o conjunto de edifícios projectados para Brasilia nos anos 50, cidade inaugurada em 1960 e classificada Património da Humanidade pela UNESCO.
A capital do Brasil, é fruto da vontade do presidente Juscelino Kubitscheck de Oliveira que prometia “fazer cinquenta anos em cinco”, tendo sido o Urbanista Lúcio Costa a fazer o plano piloto da cidade em forma de avião e orientada segundo os pontos cardeais.
Comunista e ateu, Oscar Niemeyer continua a trabalhar diariamente sendo a sua mais recente obra o Museu Nacional de Brasilia.

quinta-feira, 13 de dezembro de 2007

A. S. A. E.

A meia dúzia de lavradores que comercializam directamente os seus produtos e que sobrevivem aos centros comerciais ou às grandes superfícies vai agora ser eliminada sumariamente. Os proprietários de restaurantes caseiros que sobram, e vivem no mesmo prédio em que trabalham, preparam-se, depois da chegada da “fast food”, para fechar as portas e mudar de vida. Todos os que cozinhavam em casa e forneciam diariamente, aos cafés e restaurantes do bairro, sopas, doces, rissóis e croquetes, podem sonhar com outro negócio. Os artesãos que comercializam produtos confeccionados à sua maneira vão ser liquidados.
Não há morcela que resista!
A solução final vem aí. Com as leis, as políticas, as policias, os inspectores, os fiscais, a imprensa, a televisão. Ninguém deste velho mundo sobrará. Quem não usa os computadores e os programas que as multinacionais impõem ao mundo, quem não aceita as receitas harmonizadas, quem recusa fornecer-se de produtos e matérias-primas industriais e quem não quer ser igual a toda a gente está condenado. Estes exércitos de liquidação são poderosíssimos: têm o Estado-maior em Bruxelas e regulam-se pelas directivas europeias elaboradas pelos mais qualificados cientistas do mundo; organizam-se no governo nacional; e agem através do pessoal da ASAE, a organização mais falada e odiada do país, mas certamente a mais amada pelas multinacionais, pelo cartel da ração e pelos impérios do açucar.
Cafés onde estudantes e reformados bebiam uns copos e jogavam às cartas ou ao dominó? Acabou! É proibido jogar!
Nas esplanadas, a partir de janeiro é proibido tomar café em chevenas de loiça ou bebidas em copos de vidro. Tem de ser tudo de plástico.
As bolas de Berlim e os pastéis de nata quentinhos, vendidos nas praias e romarias passam a ser embalados e mantidos refrigerados.
Vender os produtos da sua horta nas feiras e mercados, ovos, alfaces, enchidos, azeitonas, laranjas. É proibido!
Acabou-se o brinde e a fava no bolo-rei.
Acabou-se a colher de pau!
Acabou-se o medronho!
Será que o barro com que os oleiros fazem os pratos e potes tradicionais terá de ter certificação? Será que este artesanato corre o risco de passar a “Produto apreendido”?
Tudo isto, como é evidente, para nosso bem. Para proteger a nossa saúde. Para modernizar a economia. Para apostar no futuro. Para estarmos na linha da frente.
Tempos modernos ou intolerância brutal?
Integração ou perda de identidade?

E é fácil, muito fácil tramar qualquer parceiro do lado: basta não ter paciência para o aturar, querer fazer uma caça às bruxas ou simplesmente arranjar-lhe uma boa dor de cabeça.
Como?
Através de um dos instrumentos mais vis da mente humana: a denúncia anónima e cobarde. Acreditem que funciona!!!

terça-feira, 11 de dezembro de 2007

MASDAR

O desenvolvimento do planeta nos actuais moldes irá requerer um aumento de 2 milhões de metros cúbicos de água por dia, 75 milhões de megawatts/hora de energia, produzindo 3,5 milhões de toneladas de resíduos e 300 milhões de toneladas de emissões de carbono por ano.
Este nível de desenvolvimento não é sustentável.
Nos Emirados Árabes Unidos, está a ser desenvolvido um projecto que se pretende um modelo de cidade ecológica, “The Masdar Developement”. O plano é fruto de uma inovadora cooperação internacional e tem por objectivo criar uma cidade perto de Abu Dhabi com uma área de 6 km2 para uma população de 47 000 habitantes, livre de emissões de carbono e sem recurso ao petróleo. Os projectos foram atribuídos a “Foster + Partners” .As principais fontes de energia são a solar e a eólica, estando os edifícios projectados com uma proximidade tal que permitam criar sombras uns sobre os outros como forma de diminuir o impacto das altas temperaturas que o deserto à volta produz.
Em Janeiro de 2008, Masdar irá acolher a 1ª “World Future Energy Summit”, uma conferência que pretende apresentar caminhos para mudar o rumo ao crescente aquecimento global e à poluição.
Está prevista a inauguração da cidade de Masdar em final de 2009.