quarta-feira, 10 de agosto de 2011

EURONEWS




QUARTEIRA ANOS 30

Nos anos 30 do século passado, o núcleo urbano de Quarteira desenvolvia-se ao longo de um eixo estruturante, a antiga Estrada Municipal 527-2.
Com início um pouco a seguir ao Cemitério, este eixo desenvolvia-se ao longo do seguinte trajecto, conforme a actual toponímia: Rua 25 de Abril, Largo Pedro Alvares Cabral, Rua da Srª da Conceição, Rua Engº Duarte Pacheco e Rua Vasco da Gama. No final da Rua Vasco da Gama o trajecto bifurcava-se pelo Largo das Cortes Reais e pela Rua Bartolomeu Dias, ambas dando acesso ao Largo do Mercado.
“Mas, acima de tudo, Quarteira tem condições excepcionais de ser no Algarve, das estâncias balneares, a mais concorrida.
Se já o é hoje de facto, porque assim o atesta a sua larga concorrência de banhistas nos mêses de Agosto, Setembro e Outubro, que não tem igual em qualquer outra praia, sê-lo-há de direito quando, dentro em breve, a C.I. e Turismo de Loulé realizar as obras que com mão sábia delineou.
Um bairro de banhistas construído debaixo de um plano arquitectónico, um casino modelar com seus courts de tennis, olhando de frente a amplidão azul do oceano onde as velas brancas alvejam, e ao pôr do sol as fitas de fumo dos galeões que procuram no mar a sorte que arredia põe-se queda de extasiante, tudo conjugará para que a Quarteira se possa então chamar un petit centre cosmopolite…”

in “ Portugal Ilustrado”.
(data desconhecida)

João Pedroso

terça-feira, 9 de agosto de 2011

quarta-feira, 27 de julho de 2011

CONSTRUÇÃO E IMOBILIÁRIA COM MENOS EMPECILHOS




Entraram em vigor no dia 1 de Julho as mais recentes alterações aos regimes de acesso e exercício das actividades de construção, mediação e angariação imobiliária.
Relativamente à construção civil, adoptaram-se as seguintes medidas:
- permite-se às pessoas singulares ou colectivas cujo domicílio ou sede se situe em qualquer Estado do espaço económico europeu o exercício das actividades de construção e mediação imobiliária em Portugal,
- reduz-se o quadro mínimo obrigatório de pessoal. Apenas se exige para acesso à actividade a indicação do técnico responsável pela produção e do técnico da área da segurança;
- simplifica-se o regime de elevação de classe das habilitações do alvará, deixando de ser exigida a experiência na execução de obras realizadas para esse efeito e elimina-se o regime probatório;
- prevê-se a revalidação oficiosa do alvará de construção e simplifica-se a tramitação dos procedimentos, que passam a ser apresentados por via electrónica;
- reduzem-se os prazos de apreciação dos pedidos, nomeadamente quanto ao prazo final de decisão que passa de 66 dias para 20 dias úteis, prevendo-se o deferimento tácito do pedido decorrido tal prazo;
- desmaterializam-se o alvará e o título de registo, que podem agora ser consultados na página electrónica do Instituto da Construção e do Imobiliário (InCI); a emissão do alvará de classe 1, passa a realizar-se na hora, para as empresas que fizeram marcação prévia para o efeito.

terça-feira, 19 de julho de 2011

REABILITAÇÃO A CUSTO ZERO

O projecto Reabilitação a Custo Zero, da autoria de José Paixão, Angélica Carvalho e Diogo Coutinho é o vencedor da primeira edição da iniciativa FAZ – Ideias de Origem Portuguesa, lançada pela Fundação Gulbenkian e pela Fundação Talento na diáspora portuguesa.

A ideia consiste em criar uma organização sem fins lucrativos que ofereça a possibilidade a senhorios de prédios degradados de reabilitarem o seu imobiliário a custo zero. Para tal, os proprietários oferecem alojamento e alimentação a estudantes estrangeiros de arquitectura e engenharia que se voluntariam para conceber e concretizar a requalificação.Os materiais e equipamentos necessários à realização das requalificações seriam doados como caridade à organização sem fins lucrativos de modo a serem deduzíveis dos impostos a pagar pelas empresas fornecedoras. Para além das contrapartidas financeiras, as empresas teriam também o seu nome associado a um projecto honroso e potencialmente de elevada exposição pública.Por último, a supervisão técnica das obras resultaria de uma parceria com a Universidade. Os projectos de requalificação seriam casos de estudo em cursos de reabilitação de edifícios e assim sujeitos ao acompanhamento técnico por parte de professores e alunos especialistas.

segunda-feira, 18 de julho de 2011

A PROPÓSITO DA ÉPOCA BALNEAR


Extrato do Roteiro Turístico do Algarve publicado em 1969 da autoria de Frank E. Cook.






O SEMÁFORO TOMBOU

Podem passar meses sem que sejam resolvidos problemas nas ruas em que circulamos como sejam buracos nos passeios, iluminação pública desligada, e muitos outros. Os funcionários das autarquias que trabalham na manutenção dos espaços públicos podem não detectar alguns estragos ou podem não conseguir reportar os mesmos ao departamento responsável. Para contribuir para a melhoria da qualidade do espaço urbano existe um portal para o qual qualquer pessoa pode comunicar casos que precisam ser resolvidos, como sejam tampas de caixas de esgoto soltas, árvores caídas, sinais de trânsito danificados, etc.

O serviço chama-se A minha rua, está disponível no Portal do cidadão, podendo assim via internet de forma cómoda e gratuita, comunicar ocorrências ou sugestões que serão enviadas para a respectiva Câmara municipal ou Junta de Freguesia. No entanto, nem todas as Câmaras do pais aderiram ainda a esta plataforma.

Link

segunda-feira, 20 de junho de 2011

PRÉMIO VASCO VILALVA

Em homenagem a Vasco Vilalva, mecenas a quem o país muito deve na área da recuperação e da valorização do Património, a Fundação Calouste Gulbenkian decidiu criar um prémio anual com o seu nome, destinado a assinalar intervenções exemplares em bens móveis e imóveis de valor cultural que estimulem a preservação e a recuperação do Património.
As candidaturas a este Prémio, no valor de 50.000€, deverão ser apresentadas até 31 de Outubro do ano a que se reporta o Prémio, em cinco exemplares.

Regulamento

INCENTIVOS À REABILITAÇÃO URBANA

Foram aprovados recentemente um conjunto de incentivos à reabilitação urbana e à dinamização do mercado de arrendamento.
As medidas para incentivar a reabilitação urbana visam principalmente:
-simplificação dos procedimentos e eliminação de obstáculos à reabilitação urbana;
-garantia do cumprimento dos contratos de arrendamento, nomeadamente em caso de falta de pagamento de rendas;
-financiamento da reabilitação urbana.


Simplificação de procedimentos e eliminação de obstáculos
Devem ser adoptadas medidas que, nomeadamente:
-criem um procedimento especial, mas simples e rápido para a realização de obras, com centralização da decisão numa única entidade e eliminação dos pedidos de pareceres a outras entidades;
-assegurem que o procedimento especial para a realização de obras passa a fazer-se com base numa comunicação prévia, sem licenças nem autorizações, podendo a obra iniciar-se 20 dias após a comunicação;
-permitam que o técnico responsável pelo projecto de reabilitação possa fundamentar a desaplicação de determinadas regras posteriores à data de construção do edifício, se demonstrar que, ainda assim, a realização da obra traduz uma melhoria das condições de segurança e de salubridade, relativamente ao estado inicial do imóvel;
-simplifiquem o procedimento de autorização de utilização, passando a ser suficiente uma declaração do projectista, sem vistorias das câmaras municipais;
-simplifiquem o processo para a constituição da propriedade horizontal, passando a fazer-se com base numa declaração dos projectistas, deixando de ser necessária a certificação pela câmara municipal.



Dinamização do mercado de arrendamento
Com o objectivo de incentivar o arrendamento para a habitação, devem ser adotadas medidas que permitam garantir o cumprimento dos contratos de arrendamento, nomeadamente em caso de falta de pagamento de rendas, através da criação de um procedimento extrajudicial de despejo, por meio dos seguintes passos:
-envio de comunicação especial de despejo ao inquilino, por uma das entidades competentes para o procedimento de despejo (conservadores, oficiais de registo, advogados, agentes de execução, notários e solicitadores), quando se verifique um dos fundamentos para o despejo imediato;
-depois de notificado, o inquilino tem 15 dias, se outro prazo não for concedido, para desocupar o local arrendado;
-findo o prazo para a desocupação do local arrendado, a entidade competente para o procedimento de despejo desloca-se ao local arrendado, para tomar posse do imóvel, podendo solicitar o apoio das forças policiais;
-caso o arrendatário não desocupe o local arrendado de livre vontade, o senhorio ou a entidade competente apresenta requerimento urgente para autorização de entrada no domicilio do arrendatário, junto do tribunal ou julgado de paz competente, que tem 5 dias úteis para autorizar ou não;
-autorizada a entrada no domicilio do arrendatário pelo juiz ou juiz de paz, a entidade competente para o procedimento de despejo toma posse do imóvel, tendo o arrendatário 15 dias para remover os seus bens móveis, sob pena de se considerar que foram abandonados pelo inquilino.



Incentivos fiscais a consagrar
Para fomentar a reabilitação urbana devem ser adotadas medidas de incentivo fiscal, que abranjam:
-A criação de uma nova taxa autónoma do IRS de 21,5% na tributação das rendas, para os rendimentos de arrendamentos, de modo a incentivar a colocação de imóveis no mercado de arrendamento e a sua reabilitação;
-consolidação dos incentivos fiscais já existentes, que passem a ser aplicados a mais situações como a isenção de IRC para os fundos imobiliários, cujo prazo de vigência é alargado para 2014;
-simplificação do acesso a incentivos fiscais já existentes, como a tributação das rendas de imóveis reabilitados;



-em IRS, à taxa autónoma de 9% ou à isenção de IMI por 5 anos (renováveis mais uma vez), visto que se deixa de exigir a certificação das obras de reabilitação urbana pelo Instituto da Habitação e da Reabilitação, mantendo-se apenas a certificação pelas câmaras municipais.



Fonte: AICEP

sexta-feira, 3 de junho de 2011

PORQUE HOJE É QUASE DOMINGO

PORTUGAL VAI A VOTOS

PARABÉNS ARQUITECTO SOUTO MOURA

Coube a Eduardo Souto de Moura a atribuição do prémio Pritzker 2011, o maior galardão mundial na área da arquitetura. Eduardo Souto de Moura ganhou o prémio pelo seu "rigor e precisão", anunciou a Fundação Hyatt, promotora do galardão.
Este prémio anual, criado em 1979, tem como objetivo distinguir um arquiteto vivo e é considerado o Nobel da arquitetura.
São projectos seus o estádio de Braga, centro de arte contemporânea Graça Morais, o projecto de remodelação da pousada de Santa Maria do Bouro, etc.



Para Souto Moura, o prémio Pritzer foi-lhe atribuído pelo seu estilo sóbrio de um país marginal.



Segundo ele:
“Só se diz mal. Os juros sobem, somos desacreditados, a Merkel diz que temos férias a mais... não temos sido bem tratados. O prémio é uma boa vingança.”
"É um gosto para mim próprio, ver os meus alunos e colaboradores a mostrar obra feita.
E não é normal, não o digo por patriotismo ou nacionalismo bacoco, que um país pequeno possa ter sete, oito, nove arquitectos com uma qualidade daquelas. A ciência, a arquitectura, está de parabéns."

HÁ QUEM FIQUE DE FORA DISTO?

Em período eleitoral acumula-se o cansaço de ouvir as rajadas de argumentos, as mais das vezes, intragáveis e demagógicos e que soam como ecos de um outro mundo.
O fugir com o rabo à seringa é característica permanente.
Um (apenas um, mas importante) critério para avaliar das responsabilidades que governos e partidos deviam assumir é o desempenho da política orçamental.
O último relatório do Banco de Portugal tem, para este critério, um gráfico muito interessante. Classifica a política orçamental em cada ano civil segundo dois critérios: natureza da política e posição cíclica. Resulta 4 classificações: política restritiva vs política expansionista e política pró-cíclica vs política contra-cíclica. Pelo cruzamento destas classificações são identificadas 4 regiões.
Com o euro, ou seja, num espaço de moeda comum, a política orçamental deveria ser, por regra, contracíclica. Vale a pena repetir: com o euro, ou seja, num espaço de moeda comum, a política orçamental deveria ser, por regra, contracíclica, deve contrariar a tendência do resto da economia.
Isso traduz-se no 2º e o 3º quadrantes do gráfico. Ao inverso, as posições no 1º quadrante não são boas porque tendem a acentuar a fraqueza da economia e as do 4º quadrante também são más porque tendem a estimular uma economia já a carburar acima do potencial. Mas se as finanças do Estado estiverem, como tem sido o caso, em muito mau estado, as posições no 3º quadrante são questionáveis e as do 4º quadrante passam a ser muito más.
A política orçamental restritiva e contracíclica (2º quadrante) é a que deve ser prosseguida para o futuro. Por agora, vamos ter uma política situada no 1º quadrante, ou seja, restritiva e pró-cíclica. Segundo o BP, a política orçamental situou-se no 2º quadrante nos anos 2006, 2007 e 2010 (no gráfico falta 2004).
Para atribuição de responsabilidades este gráfico levanta uma dúvida: há quem fique de fora disto?

Fontes: INE e Banco de Portugal


Luis Rosa

TRABALHO FEITO

Edifício de habitação e comércio - Junho 2011




F



A



R





O


O desenho da fachada principal do edifício foi, conceptualmente, conduzido por uma re-interpretação da linguagem arquitectónica existente, como por exemplo, matérias de revestimento, texturas e vãos.













(planta do piso tipo de habitação)

- 2 pisos para estacionamento em cave;

- 2 pisos para comércio;

- 6 pisos para habitação;

- piscina.
















(alçado principal)



Tipologia tipo: T3 + 2 T2, + 2 T1 + 2 T4

sexta-feira, 15 de abril de 2011

REABILITAÇÃO - SEMINÁRIO

"A Construção Magazine organiza o seminário técnico “Reabilitação Low Cost” com o objectivo de contribuir e promover a reabilitação de qualidade com o mais baixo custo possível, analisando e discutindo princípios, processos e soluções práticas. - 4 de Maio - Centro de congressos da FIL."


A área de mercado da reabilitação urbana pode ser uma alternativa à actual crise do sector imobiliário. Nos casos em que seja mais económico restaurar constuções existentes, em vez de construir de raiz, poderão ser lançados no mercado imóveis a preços mais acessíveis. O arrendamento será talvez a opção mais viável tendo em conta que as dificuldades de acesso ao crédito para compra de imóveis vieram para ficar muito tempo.

quarta-feira, 6 de abril de 2011

OVERSHOOTING

Overshooting é um jargão de mercado que significa um comportamento de afastamento rápido e muito vincado face aos níveis de equilíbrio, face aos níveis normais.

Nessas circunstâncias, em que há, por exemplo, uma profunda perda de valor de um activo, os agentes são profundamente penalizados e são impelidos a decisões extraordinárias.

A dívida pública nacional está em overshooting, está a dar-nos o nosso tzunami.

Mas, overshooting ganhou em Portugal outro significado: acentuado descolamento dos decisores políticos da realidade financeira.

Torcer a realidade não resulta. Por isso, adivinhem quem vai ganhar o confronto: o governo ou os mercados de dívida?


Luis Rosa

terça-feira, 22 de março de 2011

VELHAS RUÍNAS


A reabilitação dos prédios urbanos antigos tem sido quase inexistente nos últimos anos, sendo agora tema da actualidade numa procura de alternativas para contornar a crise no imobiliário. Como disse, e bem, o presidente do Observatório do Imobiliário, ontem, no programa Prós e Contras, a reabilitação é feita em imóveis do século XIX com leis do século passado (REGEU 1951) a custos do século XXI. As normas urbanísticas em vigor dificilmente podem ser aplicadas na recuperação de prédios com 100 anos, dando como exemplo os dimensionamentos das regras de segurança contra riscos de incêndio e a nova lei das acessibilidades. As regras de arrendamento é outro dos problemas que se arrasta há tempo demais. Nos centros antigos das cidades, o abandono das casas passa por vezes, pela fraca valorização das zonas. Recuperar um imóvel que vai ficar ladeado por outros em ruínas, confinante com passeios estreitos e mal cuidados, sem lugares de estacionamento, longe de transportes públicos, com contentores de lixo do século passado, iluminação intermitente e segurança duvidosa, não são factores de estímulo para um investimento de reabilitação. Cabe às autarquias elaborar os planos de reabilitação urbana, investindo na implementação de medidas que proporcionem qualidade de vida a quem nelas queiram morar, trabalhar, visitar e investir. Viver nos centros urbanos tem as suas vantagens, normalmente dispõem na proximidade de muitas infra-estruturas e equipamentos que precisamos no dia a dia, nomeadamente de escolas, repartições públicas, comércio, equipamentos desportivos, jardins etc. Estas zonas têm, quase sempre, outra mais valia que são os quintais e logradouros que proporcionam áreas verdes privativas difíceis de encontrar nas “modernas” urbanizações. A reconversão das casas existentes pode ser muito apetecível para um mercado de jovens que possam recorrer ao arrendamento, que procuram habitações mais pequenas, que queiram ter à disposição, num percurso pedonal acessível as necessidades do dia a dia e que, claro, tenham pernas em forma para subir escadas na ausência de elevadores.

O JARDIM NO ESTENDAL, MUSAS E TELAS

NOVA EXPOSIÇÃO DO DIDIER

"Olá, a exposição já está inaugurada. A Zem Arte Galeria está aberta das 15:00h às 20:00h, aos fins de semana até mais tarde. O espaço é um trabalho de recuperação de antigos armazéns de tratamento da cortiça, oferece um serviço de café/bar com variedades de chá e chocolate quente, em São Brás de Alportel, próximo dos bombeiros.
A mostra é composta por algumas telas em acrílico e duas instalações nas quais utilizei elementos do meu trabalho mais recente na cerâmica, na escrita e na gravura com técnica mista."
até 27 de Abril.Zem Arte - Rua Vasco da Gama, Nº18 - tel. 289841316

quarta-feira, 9 de março de 2011

ARRIFANA

(está à venda)

sexta-feira, 4 de março de 2011




A exposição -"Dez Monumentais Esculturas Britânicas" - Museu e Estação Arqueológica do Cerro da Vila, em Vilamoura.
Este conjunto da Colecção Berardo, é representativo de três gerações de escultores, entre os quais se contam artistas mais consagrados e mais recentes.
Mais um pretexto para visitar as ruínas romanas.

GERMAN DIKTAT



O ambiente político europeu mudou de perfume. O projecto europeu mudou definitivamente. Falar hoje da adesão da Turquia ou de solidariedade europeia parece uma cena do Spielberg.
Os novos aromas que estão a vir do Reich são muito spicy. Angela Merkle, em contraste com anteriores Chanceleres, é a face dos rígidos sectores umbiguistas alemães.
Para a liderança alemã o euro é lateral.
Estes sectores estão apostados em trocar o apoio (mínimo) aos países endividados pela perda de soberania destes, conseguida através do chamado Pacto para a Competitividade.
A Alemanha não quer que se fale na PAC nem na confusão dos seus bancos públicos e, muito menos de uma coisa essencial: emissões de dívida para o conjunto dos países do euro.
Para afinar aquela troca, o primeiro-ministro foi, sem rebuço, chamado a Berlim.
Portugal tem um problema de longo prazo que tem de resolver: tem de viver com os seus recursos. (Esquecidos disto desde 1999, estão outros a avivar-nos a memória.)
Mas enfrenta, agora, um sarilho que o ultrapassa: o repentino desaparecimento do funding externo. Isto é, fomos completamente apanhados na curva. E na curva somos mais facilmente chantageados.
Agora, de braço dado com as compras de Mercedes e de BMWs (e de submarinos), preparamo-nos para amochar ao, muito pouco democrático, German Diktat.
Luis Rosa

MARE NOSTRUM

O IEP (Universidade Católica) vai realizar um "Programa Avançado em Estudos do Mar" no periodo de 1 de Abril a 3 de Junho, em horario pós-laboral, nas 6ª feiras à tarde e nos sábados de manhã.
A formação da identidade e a individualidade de Portugal são indissociáveis do Mar. Um dos poucos activos de que Portugal ainda dispõe continua a ser o Mar. Acresce ainda que o futuro se apresenta mais favorável para as nações marítimas que saibam aproveitar as oportunidades oferecidas pelo uso dos seus espaços marítimos, nomeadamente, a investigação e exploração dos seus recursos.
Portugal tem uma Zona Económica Exclusiva (ZEE) de 1,7 milhões de Km2, o que equivale a 18 vezes a sua área terrestre. A plataforma continental actual coincide aproximadamente com a ZEE, mas poderá ainda crescer mais 2,1 milhões de Km2, em função da pretensão nacional apresentada em 2009 à Comissão de Limites da Plataforma Continental das Nações Unidas, de acordo com as regras estabelecidas na Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar.
Se Portugal tem características evidentes de maritimidade, existem fundadas razões para crer que a estratégia nacional de desenvolvimento e de afirmação internacional se deve centrar no seu potencial marítimo.
Assim, afigura-se de importância crucial estudar os desafios que se colocam a Portugal na sua relação com o Mar, numa perspectiva de futuro, relativamente à ocupação dos espaços marítimos sob soberania ou jurisdição nacional, bem como à rentabilização das suas riquezas.
in "Revista de Marinha"
enviado por M.A.S.

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

O NOSSO RETRATO

O gráfico mostra - linha encarnada - a taxa de variação do Produto Interno Bruto português entre 1961 e 2009. A linha amarela representa a média móvel de 10 anos da taxa de variação do PIB ou, traduzindo, dá uma aproximação à taxa de crescimento potencial da economia. Há ainda a recta a negro que liga os anos de picos de crescimento ou, traduzindo, a taxa máxima que se pode esperar atingir num determinado ano.
Este gráfico é o nosso retrato cronológico e tem diversas mensagens.
Pelos anos 70, com o primeiro choque petrolífero, a economia reduziu o seu crescimento potencial de 6%-7% para menos de 4%.
Nos últimos anos esse nível de crescimento potencial ainda baixou mais, para cerca de 1%.
Mantém-se, assim, a tendência de redução do crescimento económico.
O crescimento limite está abaixo de 2.5% e, por isso, não é de esperar que no futuro próximo ultrapasse este nível.
Resultado: não dá para manter isto como está.
Luis Rosa

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

DIANA ROSA- FOTOS DE ÁFRICA

Moçambique
Uma (pequena) exposição de fotos.
Pátio das Letras - Faro (junto ao largo do mercado)

segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

A PÓLVORA E O RASTILHO

O jasmim está a fazer uma tremenda tempestade de areia pelo Norte de África. Começou na Tunísia, considerada um oásis, foi ao medieval Yemen e está a rachar as esfinges egípcias –consta que aqui o governo abriu as prisões para lançar o caos justificador da repressão nas ruas.
Marrocos está a tentar passar despercebido, a Líbia e a Síria têm os segredos bem guardados (e reprimidos) e a Argélia já interditou actividades inconvenientes e deve estar a pensar usar o seu fundo soberano para estancar a contestação.
Mas afinal o que está a acontecer? Isto de se imolarem e exigirem a queda dos tiranos é uma orquestra com todos os instrumentos bem afinados? Deu-lhes “práli” de repente? Ou é tudo obra do facebook e do twitter que empurrou os rapazes para a rua?
Talvez não.
Porque é que o rastilho chegou à pólvora, neste momento?
A pólvora já lá estava. Opressão, cliques corruptas, etc., a que se junta populações enormes confrontadas com recursos escassos. A Turquia tem a maior população, mais de 100 milhões, segue-se o Egipto com mais de 80 milhões e há a Argélia com 35 milhões, etc.
A fazer subir o stock de pólvora está ainda um ritmo demográfico muito alto que alarga o número dos jovens, sem emprego, sem habitação nem futuro. Com a actual crise, o sonho de vir para a Europa é cada vez mais um sonho. Esta válvula de escape deixou de funcionar.
Vamos ao rastilho. O rastilho é a subida dos preços dos alimentos. Trigo, arroz, milho, açúcar têm subido muito recentemente. Estes países dependem da produção de outros e são muito atingidos por estas subidas de preços.
E agora o rastilho chegou à pólvora.
Resta esperar que o jasmim não traga a burka.

Luis Rosa

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

ENSAIO SOBRE O PLANEAMENTO URBANO DE QUARTEIRA- INTRODUÇÃO

Pretende-se com este trabalho registar alguns dos momentos mais marcantes do planeamento urbano em Quarteira.

Antiga vila de pescadores tornou-se, tal como todo o Algarve, um destino turístico daqui decorrendo profundas alterações que a cidade foi sofrendo, sobretudo a partir dos anos 60, com o surgimento do factor “Turismo“.
A Freguesia de Quarteira foi criada a 13 de Abril pela lei nº 509, de 1916, e os seus limites foram definidos a 10 de Agosto do mesmo ano, através do decreto nº 2560 da Direcção Geral de Administração Política e Civil, como se segue:
"Ao norte, a estrada nacional de Vila Real de Santo António (actual EN 125); ao sul o Oceano Atlântico; ao nascente, o ribeiro denominado “Queda Vai“ e ao poente, a estrada municipal que vai para Albufeira e o concelho deste nome."
Curiosa esta designação de “Queda Vai“ para o ribeiro que nos nossos dias se designa por “Carcavai“, limite com a freguesia de Almancil.
A povoação passa a “Vila“ a 28 de Junho de 1984. Em 13 de Maio de 1999 dá-se a sua elevação a Cidade. (João Pedroso)

Reconstituição do Cerro da Vila (época Romana)- freguesia de Quarteira

Imagem do polo arqueológico de Vilamoura

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO -SESSÃO DE ESCLARECIMENTO

(Em exibição todos os dias num balcão perto de si)

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

A ORIGEM DO @

De onde vem o misterioso sinal @, a que os portugueses chamam «arroba», os norte-americanos e ingleses «at», os italianos «chiocciola» (caracol) e os franceses «arobase»? Porque razão foi ele escolhido para os endereços de correio electrónico? Na verdade, não conhecemos ao certo a origem deste misterioso símbolo. Nem estávamos preocupados com o problema, até que ele começou a entrar no nosso dia-a-dia e foi preciso arranjar-lhe uma designação.
A princípio, os portugueses chamavam-lhe «caracol», «macaco» ou outro nome claramente inventado. Depois, houve quem reparasse que a Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira dizia tratar-se do símbolo de arroba, pelo que esse nome pegou.
Que terá a arroba a ver com esse sinal? Não se sabe ao certo, mas há pouco mais de um ano, o investigador italiano Giorgio Stabile descobriu um documento veneziano datado de 1536 onde esse símbolo aparecia. Estava aí a representar ânforas, utilizadas como unidades de peso e volume. Posteriormente, num vocabulário Latim-Espanhol de 1492, Stabile encontrou o termo «arroba» como tradução castelhana do latim «amphora». A ânfora e a arroba, concluiu o investigador italiano, estariam na origem da estranha letra retorcida.
O encadeamento dos factos é fascinante, mas há pontos obscuros. A palavra «arroba» não tem qualquer relação com «ânfora», pois vem do árabe «ar-ruba'a», designando «um quarto» ou «a quarta parte», como se aprende no Dicionário Etimológico de José Pedro Machado. Trata-se de uma unidade de peso que equivale a 14,788 quilogramas e que habitualmente se arredonda para 15kg. Podia ser que uma ânfora cheia de vinho tivesse esse peso, mas a semelhança fica por aí. Igreja de S. Francisco em Extremoz.No século XVII o mesmo símbolo reapareceu, mas com outro significado. Utilizava-se para abreviar a preposição latina «ad», que significa «para», «em», «a», e que se usava para introduzir os destinatários das missivas. Condensava-se o «a» e o «d», num único carácter. É a chamada ligatura. O dicionário brasileiro Aurélio diz que ligatura é a «reunião, num só tipo, de duas ou mais letras ligadas entre si, por constituírem encontro frequente numa língua». Nesse mesmo dicionário da língua portuguesa confirma-se o símbolo @ como abreviatura de arroba.
O misterioso @ continuou a ser utilizado até ao século XIX, altura em que aparecia nos documentos comerciais. Em inglês lia-se e lê-se «at», significando «em» ou «a». Quem percorra as bancas de fruta ou os mercados de rua norte-americanos vê-o frequentemente. Os vendedores escreviam e continuam a escrever «@ $2» para significar que as azeitonas se vendem a dois dólares (cada libra, subentenda-se). Para eles não se trata de nenhuma moda: sempre viram aquele símbolo como a contracção das letras de «at».
Na máquina de escrever Underwood de 1885 já aparecia o @, que sobreviveu nos países anglo-saxónicos durante todo o século XX. O mesmo não se passou nos outros países. No teclado português HCESAR, por exemplo, que foi aprovado pelo Decreto-lei 27:868 de 1937, não existe lugar para o @. Por isso, quando o símbolo reapareceu nos computadores, ele tinha já um lugar cativo nos teclados norte-americanos, por ser aí de uso frequente. Nos nosso teclados só foi acrescentado nos anos 80 e encavalitado noutra tecla: é preciso pressionar simultaneamente Ctrl+Alt+2 ou AltGr+2 para o fazer aparecer.
(Lápide funerária da Igreja de S. Francisco em Estremoz)
Quando o correio electrónico foi inventado, o engenheiro Ray Tomlinson, o primeiro a enviar uma mensagem entre utilizadores de computadores diferentes, precisou de encontrar um símbolo que separasse o nome do utilizador do da máquina em que este tinha a sua caixa de correio. Não queria utilizar uma letra que pudesse fazer parte de um nome próprio, pois isso seria muito confuso. Conforme explicou posteriormente, «hesitei apenas durante uns 30 ou 40 segundos... o sinal @ fazia todo o sentido». Estava-se em 1971 e esses 30 ou 40 segundos fizeram história, mas criaram um problema para os países não anglo-saxónicos. Não foi só nos teclados, foi também na língua.
Em inglês, «charles@aol.us» entende-se como «Charles em aol.us», ou seja, o utilizador Charles que tem uma conta no fornecedor AOL, situado nos Estados Unidos. Mas em português não soa bem ler «fulano@servidor.pt» dizendo fulano-arroba-servidor.pt. Nem tem muito sentido. Mas qual será a alternativa? Uma solução seria seguir o inglês e dizer «at». Outra ainda seria dizer «a-comercial», como nos princípios do século XX se chamava a esse símbolo no nosso país. Talvez o melhor fosse utilizar «em». Mas haverá soluções mais imaginativas.Quem quiser gastar o seu latim pode proclamar «ad», rivalizando em erudição com o mais sábio dos literatos. Ou surpreender toda a gente, anunciando uma «amphora» no seu endereço.
Nuno Crato(presidente da Sociedade Portuguesa de Matemática)

OUVIR QUEM SABE


sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

A HORA DO BRASIL

Desde 1 de Janeiro Dilma Rousseff é a nova Presidente do Brasil.
Dilma aproveita a onda Lula para comandar um país com 200 milhões de habitantes que têm tido, na última década, melhorias significativas do seu nível de vida.
Esta onda vai manter-se ou o Brasil vai voltar à hiper-inflação e ao descontrolo?
Se o PT tiver juizinho a coisa vai melhorar.
Uma das áreas com melhores perspectivas é o imobiliário. Pelos sites de oferta de casas percebe-se que os grandes centros, como o Rio de Janeiro, têm preços de apartamentos quase ao nível dos preços de Lisboa. Um apartamento de 500 mil Reais é uma pechincha na terra do Zé Carioca e 500 mil Reais sempre são 230 mil euros. Ofertas de luxo, de 1 ou 2 milhões de Reais (entre 450 mil e 900 mil euros) são fáceis de encontrar.
As taxas de juro vão continuar a descer, o que traduzido em miúdos significa que a procura de imóveis vai continuar forte e que os preços vão manter uma tendência de subida.
Mas há mais. O rendimento médio dos brasileiros está a subir e o défice habitacional está estimado em 6.2 milhões de casas. Pelo seu lado a banca faz o que pode. O que era impensável há uns anos é agora pratica normal: estender os empréstimos por 30 anos. E o crédito aumentou mais de 25% em 2010.
À bolina das receitas do petróleo e do capital externo - que se “esmifra” para entrar - o imobiliário do Brasil está na berra e vai continuar.

Agora, só falta o Brasil ganhar o Mundial de 2014.

Luis Rosa