terça-feira, 29 de maio de 2007

ALEIXO


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A caligrafia do Poeta
A assinatura do Poeta
Composição - Atelier Pedroso - anos 90

segunda-feira, 28 de maio de 2007

LETRA D - Dicionário Prático de Termos Urbanísticos

Declaração de Responsabilidade de Técnico Autor
Exercício literário, de difícil elaboração e rigor linguístico; pode ser recusado por erros de pontuação.
O tal respeito pela responsabilidade do autor aguarda publicação de legislação específica.

D.E.F. ( Disfunção endémica fatal )
É o resultado da acção de uma bactéria de última geração: ataca sobretudo os serviços públicos, impedindo a tomada de decisões claras e em tempo útil.
Os afectados pela bactéria designam-se por Def’s.
… a minha filha chama-lhes “ tecla 3” e eles ainda não perceberam porquê…

Democracite
Consequência degenerativa da Democracia onde toda a gente se torna especialista de tudo, em qualquer momento e a qualquer propósito.
Particularmente grave e aguda quando ataca os serviços públicos, as comissões e alguns “ media “.
Alastra sem controle nos inquéritos públicos, dando lugar a um dos principais e mais acarinhado dos desportos lusitanos: os bitaites da bancada geral.
Neste momento há uma universidade americana a estudar a viabilidade de lançar no mercado um novo jogo de apostas, tipo “ Totoloto do Biscaite “.
Acompanha bem com febras de porco e tinto carrascão.

Desconstrutivismo
Calma, calma, … calma: aqui não se trata de um momento apenas destinado a uma elite intelectual onde se analisa a obra de Peter Eisenman, Jacques Derrida, Morphosis ou Zaha Hadid, para citar os mais recentes e mediáticos.
É muito mais simples: trata-se apenas de uma técnica, de carácter invasivo e difusão endémica que conduz a que um projecto não seja conduzido a lado algum, pelo menos durante três anos.

Direito à informação
Programa humorístico, muito apreciado na RTP África.

Deferimento tácito
Olha-me este …

ESTÁDIO MUNICIPAL DE POMBAL


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Projecto de renovação e ampliação do Estádio Municipal.
A construir por fases, incluia a construção de 3 novas bancadas, a reestruturação da bancada existente, balneários para os atletas e árbitros, áreas de lazer e espaços administrativos.

quinta-feira, 24 de maio de 2007

PROTAL

Notícia de última hora: hoje, em Conselho de Ministros, foi aprovado o PROTAL ( Plano Regional de Ordenamento do Território Algarve ). Vamos lá ver como ficou esta versão, a final.

PERSPECTIVAS -2

Q U A R T E I R A
2006
Projecto Atelier Pedroso
Estudo prévio de edifício de habitação
Colaboração: Carlos Santos e João Paulo de Jesus (arquitectos)

PERFECCIONISMO


Entre o início de um projecto até ao final da obra, muita coisa aconteçe e por vezes os resultados são surpreendentes.
É o caso desta figura em que o desenho representa uma escada em planta com uma chamada de atenção (em tracejado grosso) para um desenho de pormenor (a consultar) cujo número está indicado dentro do círculo.
E...... tcha nam!..... veja-se o resultado na foto.

segunda-feira, 21 de maio de 2007

DUAS CASAS PARA DUAS IRMÃS


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Projecto do Atelier Pedroso
Colaboração - João Paulo de Jesus (arquitecto)

LETRAS B e C- Dicionário Prático de Termos Urbanísticos

Bom Senso
Designação arcaica de uma atitude em desuso que permitia gerar consensos e reuniões técnicas produtivas.

Burocracia
Ambiente hostil, de expansão tentacular, por vezes de pendor micro-mafioso.
Eleito inimigo público nº 1 em 2005.

Cadastro de propriedade
Puzzle para maiores de dezoito anos. Não recomendado a pessoas sérias.

Centrão
Também os há monocastas, muito úteis nalgumas ocasiões, embora haja o perigo de apenas serem úteis ciclicamente.

Código do Procedimento Administrativo
Roteiro de carácter turístico com indicações interessantes e curiosas sobre as rotas dos processos.
Lê-se bem acompanhado pelos Concertos de Shopin para violino, … como diz o Pedro...

Comissão
Corpo de elite que geralmente conclui que os processos que analisa nunca estão concluídos.
… e a pachorra para os aturar !!!

Complicómetro
Kit de alta tecnologia destinado à detecção de todos e quaisquer micro defeitos, micro deficiências ou micro falhas processuais que possam ocorrer num projecto.
Debita automaticamente um ofício e/ou um pedido formal de esclarecimentos.
Etimologicamente, corresponde a “ encanar a perna à rã “…

Concurso Público
Originalidade portuguesa onde as propostas de técnicos urbanistas experientes são analisadas também por técnicos não urbanistas e outros assessores, podendo nalguns casos incluir biólogos.

Cunhalite
Minério de composição corrosiva usado no fabrico de lubrificantes de alta resolução.

Custos de contexto

…o papel ! / qual papel ?…o papel !! / qual papel ??…
… só mesmo um gato fedorento…

sexta-feira, 18 de maio de 2007

ORDENAMENTO LUNAR


Esteve recentemente em Portugal, Dennis Hope, o homem que vende lotes de terreno na Lua, a 25 Euros por hectare…nada mau.
Consta que estrelas de Hollywood já são proprietários…pancadas destas não chateiam ninguém.
Pretende Dennis Hope, na próxima década, iniciar a construção de uma cidade lunar.
Matutando a hipótese de também comprar um lote lunar, ocorreu-me que todo este processo deveria estar sujeito a Coordenação e estar sujeito a Plano Especial de Ordenamento Lunar.
E pensei: vou telefonar ao Dennis!
- Dennis, my friend, I have fantastic news for you.
- Really? …just tell me.
- You will need the best experts of the world and we have some here that we would like to export.
- Greatcan you send me a list?
- Sure, a will just call some friends and in a few days you will received it.


Aceitam-se inscrições e/ou sugestões que deverão ser enviadas para o Dennis.

terça-feira, 15 de maio de 2007

DISCUSSÃO PÚBLICA

Nome comum "hiena"
do latim "crocuta crocuta"

segunda-feira, 14 de maio de 2007

RIA FORMOSA

Findo o processo de elaboração da revisão do Plano de Ordenamento do Parque Natural da Ria Formosa, daqui em diante designado por Plano, decorre o período de discussão pública do mesmo, que terminará em 6 de Junho.
A este propósito, teve lugar no passado dia 11 de Maio, uma sessão pública na sala da Assembleia Municipal de Loulé.
Uma primeira explanação dos trabalhos desenvolvidos ficou a cargo de uma representante da empresa F.B.O., a mesma a quem foi recentemente adjudicado o processo de revisão do PDM de Loulé.
Em concreto ficámos a saber que:
- não foram alterados os limites do PNRF(parque natural da ria formosa);
- este é um Plano que define níveis de protecção ambiental a que ficará sujeito o território do PNRF e, deste modo, na planta síntese de ordenamento, não são cartografados os perímetros urbanos existentes e/ou previstos pelos PDM’s (planos diretores municipais).
Ficámos ainda a saber que:
- neste Plano não são indicados índices de construção: cada autarquia, em sede de revisão do respectivo PDM, proporá a delimitação de perímetros urbanos e respectivos índices;
- este Plano não tem qualquer estratégia de sustentabilidade económica para o território em causa;
- deixa de existir a (petulante e inaceitável) prorrogativa contida no actual Regulamento do Plano que, em síntese, estabelecia: “a não emissão de pareceres, por parte do PNRF, dentro do prazo legalmente estabelecido, é equivalente a um indeferimento tácito“.
Não ficámos a saber:
- quais os critérios de articulação de políticas de ordenamento do território entre este Plano e as intenções que as autarquias venham a estabelecer nas próximas revisões de PDM’s;
- o futuro dos diversos PMOT’s (planos municipais de ordenamento do território) em curso, muitos dos quais sustentados por protocolos estabelecidos entre as autarquias e privados.

BROWNS

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Projecto Atelier Pedroso:
Remodelação do antigo centro desportivo
e health club ROCK GARDEN.
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domingo, 13 de maio de 2007

13 DE MAIO


foto T.P.
O atelier de um ilustre arquitecto da nossa praça (já retirado das lides), estava INTEGRALMENTE forrado a aglomerado negro de cortiça . Coisa muito barata no tempo em que foi feito - 72 - que dava boas condições sonoras para a música (clássica) aos gritos e em permanência e que permitia com a ajuda de uns pins pôr muitas e muitas coisas nas paredes . Umas mais úteis e outras menos úteis . nºs de telefone ocasionais, desenhos para consulta imediata, tabelas de elevadores, etc . No meio da confusão, havia um papel coberto com uma cartolina amarela que ele destapava às vezes. O papel dizia:
ESTE ATELIER TEM UM CONTRATO COM A NOSSA SENHORA DE FÁTIMA.
A NOSSA SENHORA NÃO FAZ PROJECTOS E NÓS NÃO FAZEMOS MILAGRES!

sexta-feira, 11 de maio de 2007

QUI SERÁ, SERÁ!...

Ver video (vale a pena)
O Governo Espanhol aprovou o ante-projecto para uma nova Lei do Solo com a qual pretende travar a especulação imobiliária e a subida dos preços das casas.
Uma das medidas prevê que pelo menos 25% do terreno destinado à construção seja reservado para habitação social.
Se esta Lei provocar a diminuição da margem de lucro das operações imobiliárias, será de esperar um aumento do investimento das construtoras espanholas em Portugal e nomeadamente no Algarve?

LETRA A (2) - Dicionário Prático de Termos Urbanísticos

Áreas de Aptidão Turística
Áreas onde 75% dos proprietários ficam encarregues de proteger a natureza, limpar as florestas e as linhas de água, dar de beber aos burros e tratar das galinhas, cuidar dos caminhos tradicionais e dos ninhos, etc … e os restantes proprietários constroem empreendimentos turísticos.

Área de construção
Termo mutante do vocabulário urbanístico que nalguns casos inclui os vazios das caixas de elevadores.
Há inclusive uma discussão acerca da contabilização das chaminés com mais de 1.60m de altura.

Área de impermeabilização
Outro termo mutante do vocabulário urbanístico que nalguns casos inclui piscinas, depósitos de água, cisternas, lagos artificiais …
As culturas de agrião não estão incluídas, mesmo em terrenos incluídos nos Parques Naturais.

Áreas Protegidas
Zonas onde os membros das comissões, juntamente com os Eco-fascistas, os Eco-freaks e as Eco-tias, organizam passeios a cavalo e eco-picnics.
Nestas áreas, o Homem constitui um ente estranho e ameaçador, não reconhecido pela Liga de Protecção da Natureza.

Áreas non aedificandi
… no outro dia passei pela Quinta e fiquei desconfiado…

quinta-feira, 10 de maio de 2007

CERTIFICAÇÃO DE EFICIÊNCIA

De acordo com a Sociedade Portuguesa de Certificação Energética (SPCE) , a aplicação do SCE - Sistema Nacional de Certificação Energética e da Qualidade do Ar Interior nos Edifícios (Decreto-Lei nº 78 / 2006, de 4 de Abril) entra, a partir de Julho, numa nova fase, tornando obrigatório que os pedidos de licenciamento de edifícios a construir, com mais de 1000 metros quadrados, incluam um certificado de eficiência energética.
O âmbito de aplicação deste decreto-lei será extensível a edifícios existentes e, a partir de 2009, os contratos de venda e de locação, incluindo o arrendamento, deverão de ser acompanhados de certificado de eficiência energética.
Já li em qualquer lado que cada certificado vai custar à volta de 500 Euritos.
Sobre esta matéria convém estar ainda a par de:
RCCTE - Regulamento das Características de Comportamento Térmico dos Edifícios;
RSECE - Regulamento dos Sistemas Energéticos e de Climatização dos Edifícios.

quarta-feira, 9 de maio de 2007

LETRA A (1) - Dicionário Prático de Termos Urbanísticos

Acta
Documento raro, em geral de baixa qualidade literária, mas muito apreciado pelos especialistas.
Tem prazo de validade aleatório.

ABS - Ardil Bem Sucedido
Conjunto de informações, afirmações, raciocínios e justificações, falsamente incorrectas ou insuficientes que a malta da arquitectura e do urbanismo introduz nos trabalhos com o propósito de proporcionar aos “ outros “ momentos de intenso prazer ego-sádico do género: ora aqui está um pequeno detalhe a justificar mais um oficiosito.
A grande vantagem dos ABS’s é que eles ficam satisfeitos, a malta responde aos oficiositos e, às vezes, “ eles “ não chateiam mais.

Assessor
Do latim “ assidere “, aquele que está sentado ao lado.
Digam lá que os romanos não sofriam do mesmo mal!

Administração Central
Em termos astro-físicos, galáxia semelhante à Via Láctea, de brilho superior, embora mais etérea.

Aplicação supletiva
Termo de rara beleza…proporciona longas tertúlias ao final da tarde.
Acompanha bem com ostras ao natural e Alvarinho Palácio da Brejoeira.

Aprovação de um Plano de Ordenamento do Território
Momento surrealista em que o técnico autor já não se lembra do que fez, o investidor já se mudou para o Sul de Espanha e metade dos terrenos mudaram de dono dez vezes.
Normalmente é aprovado ao fim de três mandatos autárquicos, quatro alterações na legislação e dois ou três Ministros do Planeamento.

DICIONÁRIO PRÁTICO DE TERMOS URBANÍSTICOS

Prefácio

Pretende-se com este pequeno dicionário fixar,
de uma forma clara e definitiva,
a descrição de uma série de
termos, definições e designações
muito úteis para a prática do Urbanismo.
Especialmente dedicado aos profissionais liberais,
permite-se no entanto o seu uso
pela Função Pública.
Tendo sido na sua maior parte escrito em horas de espera
( e de pé ),
cabe aqui um agradecimento especial a todos os colegas que
( na mesma posição),
contribuíram de forma infatigável e dedicada
para que esta obra fosse possível.
João Pedro Só

terça-feira, 8 de maio de 2007

FRANQUEADA


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Projecto Atelier Pedroso

Colaboração Suzana Zorrinha (arquitecta)

Moradia unifamiliar com piscina

ONDE PÁRA O DINHEIRO?

Até ao ano 2000 houve uma relação estável entre os Novos Fogos Concluídos e o volume, sempre crescente, do crédito que os bancos dão para compra de casa.
Com base nesta relação seria de esperar que o crédito à habitação depois de 2000 caísse, como ilustra a linha amarela do gráfico seguinte.
Mas não. O crédito à habitação (linha vermelha) continuou a sua marcha ao mesmo tempo que os Novos Fogos Concluídos baixavam de 40 mil no 3º trimestre de 2002 para 10 mil no 4º trimestre de 2006.
Ou seja, há anos que a construção está nas lonas mas continua a aumentar muito o recurso ao crédito à habitação.
Nem todo o crédito pedido ao banco para habitação tem de ser para compra de Fogos Novos. Pode haver crédito para obras de reconstrução, conservação ou restauro. Pode haver crédito para habitação não classificada como Novo Fogo, desde logo, para compra de casas em segunda mão e provavelmente estas duas finalidades têm estado a bom ritmo.
Acontece é que a divergência entre a queda drástica da construção e o aumento contínuo do crédito é demasiado grande para ser explicada apenas e sobretudo por estes aspectos.
Por isso coloca-se a questão: aonde pára este dinheiro? Serão 25 biliões €? Será mais? Enfim, é de certeza muito, muito dinheiro.
O crédito à habitação é vantajoso para duas das três partes envolvidas: para os bancos e para os consumidores. Para os bancos porque fidelizam os clientes e concretizam negócios por prazos longos dando solidez ao balanço. Para os consumidores porque pagam taxas de juro mais baixas do que, por exemplo, no crédito ao consumo e têm uma menor incidência fiscal. Só a DGCI é que fica a perder. Quando a malta recorre ao crédito à habitação em vez de usar outro tipo de crédito lá se vai o IVA e ainda dá direito a benefícios fiscais em IRS.
Assim, faz sentido alguma batota consentida. Pede-se um crédito hipotecário de 70 mil euros que vai direitinho para um cabriolet e deixa-se de lado um pé-de-meia para os rainy days.
Há ainda outra leitura desta situação. Até ao ano 2000 o endividamento dirigiu-se sobretudo para a melhoria das nossas condições de habitação. Os investidores estrangeiros emprestaram-nos dinheiro para investirmos na habitação. Após este ano o endividamento continuou a aumentar já não tanto para investimento em habitação mas, provavelmente, para suportar níveis de consumo difíceis de manter.
Quer dizer. Até ao final do século as famílias endividaram-se para investir, não pondo em causa a sua sustentabilidade financeira de longo prazo. Depois disso, parece que boa parte do endividamento é para aguentar consumos que podem ou não ser, a longo prazo, equilibrados.
Em qualquer dos casos, as dívidas vão ser pagas.
Autor: Luis Rosa (economista)

domingo, 6 de maio de 2007

TRIENAL INTERNACIONAL DE ARQUITECTURA

Entre 31 de Maio e 31 de Julho tem lugar, em Lisboa, a “Trienal Internacional de Arquitectura“, centrando-se no tema “Vazios Urbanos“.
Praças e pracetas abandonadas, jardins públicos sem mobiliário urbano adequado, logradouros transformados em lixeiras, parcelas de terreno transformadas em estaleiros permanentes, por todo o lado encontramos estes “vazios urbanos “, uma triste realidade que questiona: que fazer e como intervir nestes “vazios“ da nossa cidade?
Aponta o PROTAL para a necessidade de, no âmbito de revisão dos PDM’s, darem as autarquias especial atenção à criação de espaços de descompressão dentro de tecidos urbanos caracterizados por uma alta densidade de ocupação construída, onde se verifique a ausência ou mesmo falta de espaços públicos de lazer e de equipamentos públicos.

Será?

quinta-feira, 3 de maio de 2007

COISAS QUE O PROTAL NÃO PERMITE

Casa da Cascata - Arquitecto Frank Lloyd Wright