terça-feira, 24 de novembro de 2009

ÀS 4ªs É DIA DE FEIRA


Com séculos de existência, as feiras e mercados fazem parte da nossa identidade, do nosso ser colectivo, são sem dúvida uma expressão fortíssima da nossa cultura. No início de cada ano é um prazer comprar o "Borda d`Água" e ficar a saber a que dias acontecem por todo o país... e na nossa terra.
Este modo diferente é uma riquíssima paleta de cores, sabores e odores, um sabor genuíno, momento de encontro, vizinhos, fregueses e todos os outros, comprando, vendendo, regateando... construindo e afirmando uma parte da nossa identidade.
Desde sempre, aqui e em qualquer lugar do mundo, os mercados e feiras tradicionais instalaram-se nos lugares centrais das aldeias, vilas e cidades, por uma razão: são eventos de proximidade.
Hoje, tal como no passado, suportam uma complexa matriz de factores sociais, económicos e culturais, com forte impacte onde ocorrem.
Sendo os embriões dos modernos centros comerciais, destes se distinguem por vários factores, destacando aqui novamente a questão da proximidade.
Diferente de ir a um evento é que esse evento se desloque até nós.
Lisboa (Feira da Ladra, Feira do Relógio,...), Paris (em frente ao Palácio da Justiça, na Porta de Versalhes,...), Madrid (El Rastro), Londres (King`s Cross), Hong Kong (Stanley Market)... orgulham-se dos seus mercados e feiras, sempre presentes bem no centro da cidade. Organizados, disciplinados, acessíveis.
Muito para além de serem apenas um lugar de trocas comerciais, conquistaram uma tal relevância que passaram a integrar os roteiros e circuitos turísticos, valorizando e promovendo, nacional e internacionalmente, as vilas e cidades onde ocorrem.
Constituem muitas vezes o maior veículo de promoção de determinadas localidades.
Pela sua grande capacidade atractiva, contribuem de uma modo particular para a dinamização da economia local, considerando a quantidade de visitantes que acorrem nos dias de mercado.
Às 4ªs feiras, Quarteira vai deixar de ter feira na cidade. Vai ser deslocalizada para a Fonte Santa, quebrando-se assim aquele elo fundamental, a proximidade.
Quarteira vai perder mais um pouco da sua alma.
Alguém decidiu assim... pessoalmente discordo.

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

BOA COMPRA OU MÁ VENDA

O gráfico mostra que começou em 2003 uma tendência de desaceleração do crédito à habitação do sistema bancário português. Desde então a taxa de crescimento do volume de crédito passou de 16% ao ano para 2,3% em Setembro passado.
Estamos ainda a contabilizar quase 7 anos de abrandamento deste agregado de crédito.
Temos de pensar que sem o dinheiro dos bancos não havia compra de habitação, esta é a primeira nota. A segunda é que a desaceleração deste volume significa, com grande probabilidade, uma deseceleração ainda maior da procura de casas. E, terceira nota, esta redução da procura teve um impacto negativo sobre o preço dos imóveis.
Para quem tem casa esta evolução parece neutra porque pensamos que a casa tem um valor de uso que se mantém e que o seu preço de mercado é irrelevante para quem não quer comparar nem vender. Mas pode não ser. Alguém que comprou uma casa e vê outras melhores a serem vendidas ao mesmo preço pode ter algum incómodo que advém de sentir que está a incorrer num custo de oportunidade. Aqui está uma má notícia.

Para quem tenciona comprar casa, do ponto de vista das condições do mercado, o gráfico sugere que os preços estão em patamares baixos. É uma boa notícia.

Outra possível boa notícia é que nos próximos meses pode ser confirmado que este é o nível mínimo e que, devagar, os preços vão começar a subir.

Devagar

(fonte: Banco de Portugal)

Luis Rosa

DANÇA DAS CADEIRAS





Este Diário da República está uma seca.

É só nomeações, louvores e
alterações de composição de comissões.

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

À VARA LARGA (ou como se glosa alarvemente com trocadilhos manhosos)


A malta das fábricas têxteis, de calçado, de cablagens, etc. está a ser despedida à grande, à francesa, à canadiana, à tudo. Puf, foi um ar que lhe deu. Os idosos andam a contar os tostões para a farmácia porque já não chega para a cozinha.
Mas cada vez há mais topos de gama nas ruas e gente a aferrolhar-se em condomínios privados. Na gíria, há cada vez mais sinais exteriores de riqueza. Na pop, anda muita gentinha a viver à vara larga.
Mas ninguém sabia de onde vinha o dinheiro. Agora continuamos sem saber até porque é politicamente incorrecto julgamentos na praça pública, sobretudo, de gente influente. Temos de ser todos burros. Mas a suspeita já ninguém nos tira. E temos a suspeita de que nos últimos anos houve óleo de sucateiros que escorreu para bolsos da arraia miúda, para gente de empresas mais ou menos públicas. Untou as mãos de directores para pagar pequenos enganos ou prescrições de processos. O óleo das sucatas foi usado para untar, ou não é mesmo para isso que serve o óleo?

Tás praí a pensar este tipo é básico... não vai além de trocadilhos ridículos.

Mas tenho direito a todos os trocadilhos ridículos, porque me parecem bem e parece-me bem insistir em trocadilhos ridículos com varas e penedos e sucateiros. Eu quero lá saber que me digam que tenho mau gosto ou um sentido de humor alarve. Este país parece um penedo, uma sucata e o meu humor encaixa na perfeição. Este país, onde vale tudo, é agarrado pelos interstícios por um sucateiro.
Porque isto cheira mal, mal a sério. Cheira mal o óleo e o desplante, o à vontade, o sentido de impunidade. Isto cheira pior do que uma matilha de porcos.
Luis Rosa

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

A FESTA DA BANDA DESENHADA

Este ano o Festival Internacional de Banda Desenhada da Amadora comemora 20 anos. Até ao dia 8 de Novembro, estão patentes as seguintes mostras:
- 50 anos de Astérix
- 50 anos de Maurício de Sousa
- Sonno Elefante
- As paredes têm Ouvidos, de Giogio Fratini
- Colectivas de autores da Polónia e Canadá
- Retrospectiva de Héctor Oesterheld
- Uma mostra de Rui Lacas
O Festival faz ainda uma homenagem a Vasco Granja.
Para além das exposições, há também a presença de autores, o espaço infantil e diversas actividades de animação.

- Forum Luis de Camões, Brandoa, junto ao C. C. Colombo-

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

MEMBROS DO CÍRCULO DE ESTUDOS DE MATEMÁTICA E GEOMETRIA SAGRADAS "LIMA DE FREITAS" - I ENCONTRO


PROGRAMA


Sábado 7 de Novembro 16h.-19h.
entrada livre
Espaço D. Dinis - Av. António Augusto de Aguiar, 17- 4º esqº. - Lisboa
Organização - Nova acrópole

É SÓ MUSICA?