quarta-feira, 9 de maio de 2007

LETRA A (1) - Dicionário Prático de Termos Urbanísticos

Acta
Documento raro, em geral de baixa qualidade literária, mas muito apreciado pelos especialistas.
Tem prazo de validade aleatório.

ABS - Ardil Bem Sucedido
Conjunto de informações, afirmações, raciocínios e justificações, falsamente incorrectas ou insuficientes que a malta da arquitectura e do urbanismo introduz nos trabalhos com o propósito de proporcionar aos “ outros “ momentos de intenso prazer ego-sádico do género: ora aqui está um pequeno detalhe a justificar mais um oficiosito.
A grande vantagem dos ABS’s é que eles ficam satisfeitos, a malta responde aos oficiositos e, às vezes, “ eles “ não chateiam mais.

Assessor
Do latim “ assidere “, aquele que está sentado ao lado.
Digam lá que os romanos não sofriam do mesmo mal!

Administração Central
Em termos astro-físicos, galáxia semelhante à Via Láctea, de brilho superior, embora mais etérea.

Aplicação supletiva
Termo de rara beleza…proporciona longas tertúlias ao final da tarde.
Acompanha bem com ostras ao natural e Alvarinho Palácio da Brejoeira.

Aprovação de um Plano de Ordenamento do Território
Momento surrealista em que o técnico autor já não se lembra do que fez, o investidor já se mudou para o Sul de Espanha e metade dos terrenos mudaram de dono dez vezes.
Normalmente é aprovado ao fim de três mandatos autárquicos, quatro alterações na legislação e dois ou três Ministros do Planeamento.

4 comentários:

Anónimo disse...

Aplicação continua

Interpretação asneirenta aplicada muitas vezes de tal modo que até convence autarcas de que o IGAT vai ser enganado. O mesmo que: " uma mentira dita duas vezes é uma verdade" da autoria do magnífico jurista Vale e Azevedo. Aplica-se com frequência a qualquer arquitecto bandido que faça caves parcialmente enterradas para alugar aos ingleses.

Anónimo disse...

Aprovação tácita
Gaja ruim que só dá problemas ás autarquias. Odiada por chefes de divisão, directores de departamento e outros juristas interpretativos. Só de falar nela caem muitos autarcas.
Adorada por arquitectos com dificldade em receber que vão continuar a ser só isso, arquitectos com dificuldade em receber, pelo simples facto de que a gaja é pouco ou nada aplicada.

Anónimo disse...

Açoteia

cobertura invertida que não se pode fazer em Loulé, pois é visitável, e não dá jeito nenhum andar sobre telhas regionais de aplicação obrigatória.Tambem pode ser feita sem telhas desde que não vá lá o fiscal da câmara,pois é caso para contra-ordenação por podemos usar "aquilo" para secar figos, alugar ao ingleses esteiras para verem a lua e cometer o maior crime do concelho, ganhar dinheiro.

Anónimo disse...

Olá! A brincar a brincar são ditas coisas que assentam bem na Administração kafkiana do Concelho aspirado.