terça-feira, 4 de novembro de 2008

JARDINS SUSPENSOS

(Chicago)
A densidade de construção nas cidades, quer nas novas áreas de expansão, quer nos centros antigos, fizeram com que grande parte do solo fosse impermeabilizado, deixando quase nada para áreas verdes.
Há mais de 25 anos que cidades da Escandinávia, Alemanha e do Japão promovem a ocupação das coberturas dos edifícios com jardins. Os Estados Unidos e o Canadá seguiram-lhes o exemplo. A Câmara de Nova York comparticipa com 4,5 dólares por cada metro quadrado de área verde que se instale nos terraços dos edifícios públicos ou de uso privativo, podendo a comparticipação chegar aos 100 000 dólares, valores que incluem infra-estruturas e projectos paisagísticos. Este incentivo transformou a vista aérea da cidade, o betão foi “pincelado” com milhares de oásis verdes.
As vantagens são várias, as pessoas passam a ter jardins, dentro de uma cidade onde não existia espaço livre para o efeito. Os edifícios de uso público ganham áreas de lazer, ao ar livre, para os seus funcionários e utilizadores, dentro das suas instalações. A qualidade do ar melhora significativamente, os próprios edifícios também ganham porque ao instalar vegetação e materias minerais como a leca, estes vão absorver a água da chuva reduzindo as infiltrações, ao mesmo tempo que isolam o edifício da incidência solar directa criando maior conforto térmico. A instalação de iluminação nestes espaços, alimentada a energia solar, reduz a factura da iluminação pública.
Os novos edifícios já têm a sua estrutura calculada para suportar o peso dos equipamentos a instalar nas coberturas, incluindo árvores de médio porte, parques infantis e piscinas.
Nos terraços privados dá-se asas à imaginação e surgem jardins românticos, minimalistas japoneses, lagos, hortas e pomares, estufas, espreguiçadeiras, esculturas e muita cor.
Ganham as pessoas, ganha a cidade.

2 comentários:

Anónimo disse...

Pois é, depois de estar a cobertura toda verdinha, já não podes fazer mais piso nenhum porque passa a Reserva Agricola.
Depois queixam-se que os PDM's são restritivos. Lá na América não devem ter , engenheiros do ambiente, geografos, geólogos, arquitectos paisagistas ou vereadores, que são quem faz os PDM's.
Ó João não dês essas ideias senão eles aproveitam.


Abraço
Fanan

Anónimo disse...

Boas.
Cá para mim o que os americanos - e outros - têm são visões de futuro e por isso aparecem estes fabulosos jardins, certos que não virá nenhum técnico especializado numa coisa qualquer mandar " bitaites ".
Tu, tanto como eu e outros já fomos atingidos por aquele vírus que se chama " eu acho que ...", faço-me entender.
Grande abraço, és sempre bem-vindo a este espaço de conversa.