DIA MUNDIAL DOS MONUMENTOS
As ruínas do Cerro da Vila em Quarteira -Vilamoura são dos poucos locais com estas características que se encontram abertos para visitas ao público.
Os vestigios mais antigos correspondem a uma villa rústica romana, rodeada de campos férteis e abastecida de água a partir de uma barragem construída a 2 Km de distância. Construída na primeira metade do século I d.C c sua localização favoreceu o aproveitamento dos recursos marítimos e o tráfico de mercadorias, atestado pela existência de um porto.
Visíveis no perímetro da estação são uma casa pequena, que terá servido de hospedaria, um balneário, tanques de salga, tanques de tinturaria, troços de canalização e um templo funerário com "columbarium" (nichos nas paredes para colocação de urnas).
A água seria um elemento omnipresente por todo o lado, jorrando das bicas e das estátuas para o lago do jardim, espaço central em torno do qual toda a casa se desenvolvia: uma grande sala de recepção e de refeições de Verão, os quartos , a cozinha, as áreas de serviços, que incluíam um cryptoporticum. As paredes eram revestidas com estuques pintados a fresco, com cores garridas e motivos florais e geométricos. O pavimento era decorado com mosaicos multicolores. As esculturas de deuses e homens decoravam os espaços interiores, harmonizando um conjunto fantástico de cor e recorte de pedra.
Esta estação foi na fase final um pequeno aglomerado portuário, com duas torres edificadas a sul da primitiva villa. A torre sudoeste, estruturada com um pequeno criptpórtico para armazenamento de víveres, poderá ter sido uma torre-farol e torre-vigia, situando-se junto ao porto que na altura ali existia.
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