quarta-feira, 13 de maio de 2009

ARTE E CRISE

Historicamente o mercado de arte fecha os ciclos da economia ao contrário do mercado imobiliário que tem ganhos mais fortes nas fases iniciais dos ciclos.
O gráfico mostra (índice AMR Art 100 Top 25%) que desde 2005 o mercado da arte tem estado em boom com crescimentos que atingiram 50% ao ano. O gráfico tb mostra que este índice está, nos últimos meses, a cair e especialistas no sector prevêem a continuação desta tendência.

Taxa de crescimento annual

Source : Bloomberg, Credit Suisse


Há, ainda assim, 2 mercados de arte com comportamentos distintos: o Mercado de arte contemporânea e o mercado dos old masters. O primeiro é muito mais volátil enquanto o segundo deverá resistir melhor a uma fase recessiva.
Há 2 factores intrínsecos à crise que ajudam a explicar o que vai acontecer ao mercado de arte: a subida estrutural do risco e a destruição de riqueza. O 1º torna as decisões neste mercado mais difíceis, mais lentas. Os negócios são mais ponderados. O 2º refere-se às perdas que afectaram a riqueza dos maiores compradores de arte dos últimos anos – pessoas extremamente ricas da Rússia, Médio Oriente, China e Índia. Esse efeito riqueza negativo tende a afectar a procura de arte.
Chegámos a um tempo em que mesmo uma bela arte pode ficar muito feia.

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