terça-feira, 22 de março de 2011

VELHAS RUÍNAS


A reabilitação dos prédios urbanos antigos tem sido quase inexistente nos últimos anos, sendo agora tema da actualidade numa procura de alternativas para contornar a crise no imobiliário. Como disse, e bem, o presidente do Observatório do Imobiliário, ontem, no programa Prós e Contras, a reabilitação é feita em imóveis do século XIX com leis do século passado (REGEU 1951) a custos do século XXI. As normas urbanísticas em vigor dificilmente podem ser aplicadas na recuperação de prédios com 100 anos, dando como exemplo os dimensionamentos das regras de segurança contra riscos de incêndio e a nova lei das acessibilidades. As regras de arrendamento é outro dos problemas que se arrasta há tempo demais. Nos centros antigos das cidades, o abandono das casas passa por vezes, pela fraca valorização das zonas. Recuperar um imóvel que vai ficar ladeado por outros em ruínas, confinante com passeios estreitos e mal cuidados, sem lugares de estacionamento, longe de transportes públicos, com contentores de lixo do século passado, iluminação intermitente e segurança duvidosa, não são factores de estímulo para um investimento de reabilitação. Cabe às autarquias elaborar os planos de reabilitação urbana, investindo na implementação de medidas que proporcionem qualidade de vida a quem nelas queiram morar, trabalhar, visitar e investir. Viver nos centros urbanos tem as suas vantagens, normalmente dispõem na proximidade de muitas infra-estruturas e equipamentos que precisamos no dia a dia, nomeadamente de escolas, repartições públicas, comércio, equipamentos desportivos, jardins etc. Estas zonas têm, quase sempre, outra mais valia que são os quintais e logradouros que proporcionam áreas verdes privativas difíceis de encontrar nas “modernas” urbanizações. A reconversão das casas existentes pode ser muito apetecível para um mercado de jovens que possam recorrer ao arrendamento, que procuram habitações mais pequenas, que queiram ter à disposição, num percurso pedonal acessível as necessidades do dia a dia e que, claro, tenham pernas em forma para subir escadas na ausência de elevadores.

O JARDIM NO ESTENDAL, MUSAS E TELAS

NOVA EXPOSIÇÃO DO DIDIER

"Olá, a exposição já está inaugurada. A Zem Arte Galeria está aberta das 15:00h às 20:00h, aos fins de semana até mais tarde. O espaço é um trabalho de recuperação de antigos armazéns de tratamento da cortiça, oferece um serviço de café/bar com variedades de chá e chocolate quente, em São Brás de Alportel, próximo dos bombeiros.
A mostra é composta por algumas telas em acrílico e duas instalações nas quais utilizei elementos do meu trabalho mais recente na cerâmica, na escrita e na gravura com técnica mista."
até 27 de Abril.Zem Arte - Rua Vasco da Gama, Nº18 - tel. 289841316

quarta-feira, 9 de março de 2011

ARRIFANA

(está à venda)

sexta-feira, 4 de março de 2011




A exposição -"Dez Monumentais Esculturas Britânicas" - Museu e Estação Arqueológica do Cerro da Vila, em Vilamoura.
Este conjunto da Colecção Berardo, é representativo de três gerações de escultores, entre os quais se contam artistas mais consagrados e mais recentes.
Mais um pretexto para visitar as ruínas romanas.

GERMAN DIKTAT



O ambiente político europeu mudou de perfume. O projecto europeu mudou definitivamente. Falar hoje da adesão da Turquia ou de solidariedade europeia parece uma cena do Spielberg.
Os novos aromas que estão a vir do Reich são muito spicy. Angela Merkle, em contraste com anteriores Chanceleres, é a face dos rígidos sectores umbiguistas alemães.
Para a liderança alemã o euro é lateral.
Estes sectores estão apostados em trocar o apoio (mínimo) aos países endividados pela perda de soberania destes, conseguida através do chamado Pacto para a Competitividade.
A Alemanha não quer que se fale na PAC nem na confusão dos seus bancos públicos e, muito menos de uma coisa essencial: emissões de dívida para o conjunto dos países do euro.
Para afinar aquela troca, o primeiro-ministro foi, sem rebuço, chamado a Berlim.
Portugal tem um problema de longo prazo que tem de resolver: tem de viver com os seus recursos. (Esquecidos disto desde 1999, estão outros a avivar-nos a memória.)
Mas enfrenta, agora, um sarilho que o ultrapassa: o repentino desaparecimento do funding externo. Isto é, fomos completamente apanhados na curva. E na curva somos mais facilmente chantageados.
Agora, de braço dado com as compras de Mercedes e de BMWs (e de submarinos), preparamo-nos para amochar ao, muito pouco democrático, German Diktat.
Luis Rosa

MARE NOSTRUM

O IEP (Universidade Católica) vai realizar um "Programa Avançado em Estudos do Mar" no periodo de 1 de Abril a 3 de Junho, em horario pós-laboral, nas 6ª feiras à tarde e nos sábados de manhã.
A formação da identidade e a individualidade de Portugal são indissociáveis do Mar. Um dos poucos activos de que Portugal ainda dispõe continua a ser o Mar. Acresce ainda que o futuro se apresenta mais favorável para as nações marítimas que saibam aproveitar as oportunidades oferecidas pelo uso dos seus espaços marítimos, nomeadamente, a investigação e exploração dos seus recursos.
Portugal tem uma Zona Económica Exclusiva (ZEE) de 1,7 milhões de Km2, o que equivale a 18 vezes a sua área terrestre. A plataforma continental actual coincide aproximadamente com a ZEE, mas poderá ainda crescer mais 2,1 milhões de Km2, em função da pretensão nacional apresentada em 2009 à Comissão de Limites da Plataforma Continental das Nações Unidas, de acordo com as regras estabelecidas na Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar.
Se Portugal tem características evidentes de maritimidade, existem fundadas razões para crer que a estratégia nacional de desenvolvimento e de afirmação internacional se deve centrar no seu potencial marítimo.
Assim, afigura-se de importância crucial estudar os desafios que se colocam a Portugal na sua relação com o Mar, numa perspectiva de futuro, relativamente à ocupação dos espaços marítimos sob soberania ou jurisdição nacional, bem como à rentabilização das suas riquezas.
in "Revista de Marinha"
enviado por M.A.S.