quarta-feira, 22 de abril de 2009

DIA DA TERRA


Será que os filhos dos nossos filhos poderão também vir a ver esta imagem?

sexta-feira, 17 de abril de 2009

CASA FERNANDO PESSOA

Retrato de Fernando Pessoa feito por Almada Negreiros em 1964 e patente no Centro de Arte Moderna da Fundação Gulbenkian

"TUDO VALE A PENA QUANDO A ALMA NÃO É PEQUENA"
Fernando Pessoa


"...o Espólio documental de Fernando Pessoa deve ser classificado como tesouro nacional..." foi hoje publicado em Diário da República.


Para ver (ler) mais:
Casa Fernando Pessoa
Rua Coelho da Rocha, 16 Campo de Ourique 1250-088 Lisboa

VERDÍSSIMA


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1 9 9 9 LOJA DE LINGERIE

segunda-feira, 13 de abril de 2009

ILHA DE QUARTEIRA


(mapa de 1671)

O post de hoje resulta de uma vontade antiga de saber, de conhecer a história de Quarteira.
Dos relatos ouvidos (a ilha dos Cães) e das informações que se vão recolhendo, por vezes, é possível mostrar um puzzle, mesmo que este apresente mais peças em falta do que preenchidas.
Aqui juntamos uma cópia de um mapa antigo do Algarve (dada pela Esmeralda e pelo Rui) e um estudo sobre Quarteira de Luis Fraga da Silva, Investigador de história Territorial, membro do “Campo Arqueológico de Tavira”.
Na reprodução que fizemos do mapa, vê-se a marcação de uma ilha (pintada a amarelo), bem maior que a Ilha de Faro, em frente da costa, virada a poente correspondente à distância desde o que é hoje a Quinta do Lago até à ribeira de Quarteira, ou seja Vilamoura. Segundo alguns historiadores, a antiga Quarteira, vila piscatória e de comércio de sal, foi fundada em 504 a.C. E situava-se em frente da actual cidade, no local a que os pescadores chamavam “Presa da Eira”, tendo desaparecido submersa pelo marmoto de 1755.
Publicamos agora parte do estudo de Luis Fraga da Silva, com a autorização do autor e que pode ser consultado na íntegra no blog “
Imprompto”.


"Geografia costeira antiga
A ribeira de Quarteira terminava então num enorme páleo-estuário interior, limitado a Ocidente pela falésia do Outeiro do Casão e a Oriente pelo Cerro da Vila, que formava uma pequena península interior. O fundo do estuário atingia a área da actual quinta de Quarteira e a transgressão marítima ocupava a Oriente as áreas arenosas até Quarteira-Velha. Uma notícia do Séc. XVII, refere uma séria de ilhas entre Albufeira e Faro, destacando uma cuja ponta se chama Pedras Negras, ao largo (Pedro Texeira, Descripción de las costas y puertos de España, 1634): Adelante della aze la costa vna plaia en la qual está la villa de Albufeira. Tanbién en esta ensenada ay muncha pesca de atunes, que en toda esta costa los ay en gran número, rematándose esta dicha plaia con vna punta por junto a la qual se entra en el mar vn riachuelo. Y en la orilla de la parte del leuante de el se sigue la costa baxa y con vnas yslas junto a ella que sólo se diuiden de la tierra por vnos angostos canales de agua. Son todas estas yslas que uan seguiendo toda esta costa al leuante de arena. Y la punta de la primera que queda referido se llama Piedras Negras. Vna legua por entre la ysla y la tierra está vna torre que llaman Torre de la Quarteira. Della a otra legua se entra en la barra y puerto de la çiudad de Faro.(in El Atlas del Rey Planeta, Ed. Felipe Pereda et alii, Nerea, San Sebastián 2002, p. 342, fol. 56r)"

quarta-feira, 8 de abril de 2009

terça-feira, 7 de abril de 2009

TERRAMOTO

(Aquila 6/4/09)

O Terramoto de Aquila faz-nos pensar, dá medo. E se acontece aqui onde vivemos?
Os edifícios seculares e mal conservadas têm um grau de risco de destruição elevado, muito do património arquitectónico pode ruir e as construções mais recentes (com estruturas calculadas para resistir aos tremores de terra) não ficarão imunes a estragos. Mas dentro dos edifícios estão as pessoas, que os utilizam, que neles vivem, trabalham, circulam e sofrerão as consequências de um terramoto. Evitando questões como quem deveria pagar a reabilitação das casas, quais os edifícios públicos que não oferecem segurança ou se os planos de emergência da protecção civil estão “oleados”, podemos olhar bem para a nossa casa e para o local onde trabalhamos e pensar no que poderá correr mal numa situação destas.
“Quanto mais alto está, maior é a queda”, por isso, mesmo que a casa não venha abaixo o mobiliário e objectos nela instalados poderão vir, é o caso de estantes que não estão fixas às paredes, dos pratos de porcelana na parede da casa de jantar, o relógio de cuco da avó, o ar condicionado sobre a porta do quarto ou o lustre bem no meio do tecto do hall. Numa situação destas, só o som do serviço de copos a tilintar e a estilhaçar arrepia. A fuga para fora dos edifícios não deixa de ter os seus riscos, por um lado o uso das escadas que podem estar atafulhadas com vasos e vasinhos, bicicletas e estendais, por outro a saída para a rua com o risco de queda de tudo o que povoa as nossas varandas mais os vidros das janelas.
É sempre melhor pôr as trancas na porta antes de a casa ser roubada.

segunda-feira, 6 de abril de 2009

O BOBO

foto T.P.
Se corremos os jornais de fio a pavio ou se vemos os noticiários todos os dias o que se recolhe são notícias da crise: empresas a fecharem, desempregados angustiados, a construção civil à espera do tiro de partida do governo, o sector automóvel a reinventar bóias de salvação e a banca no estaleiro para desinfecção.
De vez em quando, como ontem dia 2 de Abril, o BCE tenta alegrar os endividados com mais uma baixa da taxa de juro, neste caso de 25 bp para 1.25%. A malta alegra-se, os precipitados apologistas do princípio do fim fazem subir os índices accionistas e há mesmo quem jure que a Primavera já começou. Mas no fundo ainda há muito osso para roer.
Falar só de desgraças desgraça-nos. Por isso é que mesmo nos momentos mais cruéis a corte medieval não dispensava os ditos do seu bobo. Era o tipo que contava umas histórias, umas anedotas, ria do trivial e do perigoso, desanuviava o ambiente mas permitia-se, ao mesmo tempo, desembrulhar a verdade. Por muita asneira que fizesse no máximo apanhava uns pontapés.
A função do bobo é, por isso, de grande importância em períodos de crise e de perigos. Um país sem bobos é um país incapaz de dar a volta por cima, incapaz de ultrapassar as dificuldades. Por isso, não há razão para estarmos pessimistas. Em Portugal o bobo está por toda a parte, pode ser um qualquer. Tanto pode ser hoje condenado por corrupção como ser amanhã CEO de uma empresa inter-municipal. É isto que nos alegra e anima.
Ou será que os bobos somos nós?
Luis Rosa

PORTARIA 358/2009 - EQUIPAMENTOS DE LAZER EM EMPREENDIMENTOS TURÍSTICOS


Aos empreendimentos turísticos impõe-se uma oferta, cada vez maior, de instalações e de serviços complementares, essencialmente no que respeita à prática de actividade física com carácter recreativo e de bem-estar. A Portaria hoje publicada vem regulamentar estas instalações e equipamentos de lazer, tais como as piscinas, espaços destinados à actividade física, equipamentos de balneoterapia, nomeadamente sauna, banho turco, duche escocês, jacuzzi, piscina de hidromassagem, espaços de jogo e recreio infantil, entre outros.

Este diploma foi precedido de consulta, entre outras entidades, às associações empresariais, designadamente à AIHSA, tendo na altura sido emitido um parecer.
No essencial a participação desta associação foi coroada de êxito, uma vez que as grandes reservas colocadas se centravam nas instalações de apoio das piscinas e dos ginásios.

quarta-feira, 1 de abril de 2009

IKEA: PARQUE DAS CIDADES VERSUS CAMPINA DE BAIXO ?

Li com atenção – e distância crítica – o artigo publicado no “Correio da Manhã" em 30 de Março de 2009. Em grandes parangonas, o título do artigo diz: “Maior IKEA ibérico nasce em Loulé“. Refere ainda o artigo que se pretende implantar este grande IKEA junto do Parque das Cidades, havendo duas localizações referenciadas.
Quem anda nestas coisas sabe há muito que se fala deste investimento.
E sabe também que a primeira localização na “calha“ estava nas ou perto das encerradas instalações da Unicer (Campina de Baixo).
O assunto interessa-me em particular sob o ponto de vista urbanístico: estas três putativas localizações surgem apenas e só em resultado de escolhas meramente tecno-comercias dos investidores (e intermediários) ou são o resultado de uma visão estratégica para desenvolvimento do Concelho e da Região, nunca perdendo de vista o correcto ordenamento do território ?
Comecemos pelas localizações.
À escala regional, ambas me parecem perfeitamente equivalentes no que a acessibilidades se refere: qualquer das localizações é servida com a mesma proximidade por nós viários que ligam directamente à Via do Infante.
Ainda à escala regional e supra-regional (leia-se conquistar mercado do sul de Espanha) a mesma equivalência não torna uma localização melhor que a outra.
Agora, no que se refere à competitividade entre concelhos, as lutas já começaram. José Apolinário (actual presidente da Câmara Municipal de Faro) defende que este novo IKEA deveria implantar-se a sul do Estádio Algarve, em terrenos que pertencem à Associação de Municípios de Loulé / Faro.
Tanto quando sei, Seruca Emídio (actual presidente da Câmara Municipal de Loulé) estará mais “virado“ para que este empreendimento se localize a poente do Estádio Algarve, em terrenos incluídos (logo geridos) apenas no concelho de Loulé, mais precisamente nos Caliços, freguesia de Almancil.
Assim, às acima referidas razões tecno-comerciais, juntam-se razões políticas emergentes da sempre latente “ puxar a braza à minha sardinha “.
A este propósito julgo interessante ler a entrevista a Vítor Neto, presidente da Associação Empresarial da Região do Algarve, publicada em 26 de Março último, no jornal “O Algarve“. Entre outras afirmações, sem comentários, destaco uma:
“As autarquias são muito simpáticas, mas cada uma delas pensa em si própria: são 16. Cada uma tenta atrair o máximo para o seu concelho para ganhar simpatias e eleitores. Não têm disponibilidade para uma visão integrada da região“.
Quanto à classificação dos solos, tanto quanto apurei, qualquer das localizações referidas está fora dos perímetros urbanos definidos nos PDM’s. Não bastasse este facto, grande parte dos terrenos referenciados para a instalação do IKEA estão incluídos na Reserva Agrícola Nacional… e estamos a falar de uma área com aproximadamente 45 hectares.
Por tudo o atrás exposto fica a pergunta: será isto Ordenamento do Território com uma perspectiva de desenvolvimento estratégico da Região?