sexta-feira, 29 de junho de 2007

P.D.M´s e Ruindades -1


Estive a ler, de fio a pavio, o Regulamento de PDM de Alcoutim e, com espanto, verifiquei que não se encontra uma única alusão ao Rio Guadiana…parece que não existe!
É isto planeamento e mais sustentabilidade e mais não sei do quê???
Com um PDM assim não admira que o Dr. Francisco Amaral dê em doido…
e nós também!

quarta-feira, 27 de junho de 2007

INSPIRADOR

Buster Keaton -actor (1895-1966)
Inspira ou não inspira?

segunda-feira, 25 de junho de 2007

HEXAHEDRON FRACTAL : Stage-6 Menger Sponge

Imagem autorizada pelo autor Paul Bourke

Se nas escolas se brincasse mais com formas, cores e sons,
Se as nossas crianças desenhassem mais,
Se a arquitectura, a pintura, a escultura, a música fizessem parte do nosso quotidiano,
Se o pensamento poético nos acompanhasse no dia-a-dia,
Se tudo isto e muito mais acontecesse decerto que as nossas cidades seriam muito mais perfeitas…e nós também.

quinta-feira, 21 de junho de 2007

SOLSTÍCIO DE VERÃO


21 de Junho
A noite mais curta
O dia mais longo do ano

VALE FORMOSO


M
O
R
A
D
I
A



2 0 0 2
Planta do rés do chão
É composta também por cave, 1º andar e jardim com piscina

terça-feira, 19 de junho de 2007

RESTAURAÇÃO E BEBIDAS


O Fado
José Malhoa (1855-1933)

Foi publicado hoje em Diário da República, o Decreto-Lei 234 relativo aos "comes e bebes", revogando o Decreto-Lei 168/97.

PROTAL - versão final

Já se encontra disponível para consulta a versão final do Plano Regional de Ordenamento do Território - ALGARVE, aprovada em Concelho de Ministros no dia 24 de Maio de 2007.

segunda-feira, 18 de junho de 2007

ALCARIA


Q
U
A
R
T
E
I
R
A

Vejo a onda que se espraia…desenhando curvilíneas quase perfeitas, vaivém de formas e registos que ficam na areia.
Mentalmente, toda esta informação mito-poética é descodificada, reinterpretada uma e outra vez …barcos, velas, estaleiros, gaivotas, cores…
E todo este processo se vai transformando em imagens e volumes, de natureza dinâmica, até à forma final que - resultado desta tensão - parecer recusar ficar estática.

quinta-feira, 14 de junho de 2007

LETRA E- Dicionário Prático de Termos Urbanísticos

Eco-terrorista
Individuo estruturalmente mal-disposto, muitas vezes incompetente, por norma nunca teve actividade privada, ou se a teve foi à falência. Ganha o “ seu “ no final do mês e não tem a mínima ideia sobre o que significa investimento produtivo … como se costuma dizer, nunca viu um bilhar.


Eco-freak
Acabado de sair da faculdade, segue o anterior para todo o lado, de mochila a tiracolo.
Normalmente fica mais altivo ao fim de seis meses de maturação em corredores burocráticos.
Gosta muita de ver os velhinhos da serra, as mulas e os burrinhos e o Discovery Channel, embora se constipe frequentemente.


Eco-tia
Desloca-se normalmente num jipe BMW X3, metalizado, pode ter cartão de jornalista. A mochila é Louis Vuitton, as botas de pele de veado ( Loja das Meias )… muito “ fashion “.
Embargos e demolições
Só se for da 125 p’ra cima …


Empachar
Do latim “ impedicare “, que significa impedir.

terça-feira, 12 de junho de 2007

SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIOS

Em substituição do rol de regulamentação existente, foi feito um novo Regulamento Geral de Segurança contra Incêndios em Edifícios, distribuídos em 12 categorias diferentes.
Toca a estudar.

sexta-feira, 8 de junho de 2007

PORQUE HOJE É (quase) SÁBADO

Coisas que o PROTAL não permite

REGULAMENTO NACIONAL DA EDIFICAÇÃO: QUANDO?

"O Grito"
Edvard Munch - pintor norueguês - 1863 * 1944

Hoje dei uma “ volta “ pela mais recente listagem de todos as leis, decretos-lei, portarias, regulamentos e mais uma série interminável de documentos legais que devemos considerar na feitura de um projecto. Para além do esforço em conseguir manter a sanidade mental, uma angústia maior me assaltou: esta lista, que se diz a mais recente, data de 2005, daqui decorrendo a sua inutilidade.
Por duas razões:
- por estar incompleta e, assim pecando por defeito não ser segura;
- por ficarmos sem saber se muita da “ tralha ” enunciada ainda está em vigor.
- “ Arquitecto sofre “, pensei… “ e explicar isto a um cliente não é castigo, é tortura “.
Acabrunhado com esta parafrenália legislativa, uma de três atitudes se impunha:
- agarrar o papel e o lápis ( os putos agora agarram em ratos ), esquiçar qualquer coisa e sentir arquitectura;
- telefonar para a Ordem dos Advogados à procura de uma reciclagem qualquer;
- saber se havia vagas no Júlio de Matos.
… escolhi a primeira.
Observações:
antes de desmaiar, consegui contar os decretos, portarias, despachos, leis, decretos regulamentares e resoluções das 5 primeiras páginas daqui resultando, por amostragem, um total de 967 “tralhas”... para além das
jurisprudências!

terça-feira, 5 de junho de 2007

PARQUE NATURAL DA RIA FORMOSA: FANAN "DIXIT"


Discussão Pública
Contribuição de um algarvio que nasceu na ria há 46 anos, filho e neto de pescadores da Ria.
Introdução:
O primeiro sentimento ao ler o Projecto do Plano de Ordenamento do Parque Natural da Ria Formosa é o de tristeza.
Tristeza por ter sido elaborado vá-se lá saber por quem, apresentado por engenheiras do ambiente que nunca apanharam um alcabrós (caboz) num tijolo, um peixe–rei com um anzol brilhante sem isco, e não sabem distinguir um caranguejo mouro de uma cabeluda, de uma camisa ou de um morraceiro, mas “prontos”, devem ter andado a estudar muitos anos em Universidades públicas e/ou privadas, cujos docentes nasceram em Castelo Branco e lhes prometeram que se criassem um Parque Natural no Algarve sempre teriam autorização para ver o mar, mesmo que tivessem um nome francês tipo galináceo (Lequoc).
Segundo julgo saber enquadra a equipa deste Plano uma Srª. Engª. do Ambiente que conseguiu fazer em sede de Parque Natural da Ria Formosa uma casa com cerca de 750 m2, e piscina ( estas medidas provêm de análise de fotografia aérea, com os erros daí resultantes), e que foi durante mais de 17 anos a responsável pelo ordenamento do território no Algarve, desde o tempo em que o nosso presidente da República de Boliqueime era primeiro ministro, e que já nessa altura era casado com a primeira namorada.
Sobre o Projecto do Plano propriamente dito será de referir o seguinte:
Qualquer PIN*, se lhe poderá sobrepor sem dificuldade, desde que se crie uma mais valia para o país e o estudo de impacto ambiental seja feito por Ex. Presidente da Quercus, da Geota, da Almargem, desde que não acumule com a avença paga por Cimenteiras da região.
De acordo com o Ponto 1 do Art.º 1.º do referido projecto de diploma, “ ..tem a natureza de regulamento administrativo e….COM ELE SE DEVEM CONFORMAR OS PLANOS MUNICIPAIS E INTER-MUNICIPAIS DE ORDENAMENTO DE TERRITÓRIO, BEM COMO OS PROGRAMAS E PROJECTOS DE INICIATIVA PÚBLICA E PRIVADA, A REALIZAR NA SUA ÁREA DE INTERVENÇÃO…”
Nota: No meu ponto de vista qualquer PDM, PU, ou PP a levar a efeito, nomeadamente e por exemplo, o Pontal (Faro Loulé), ou a UOP4 de Loulé, que segundo sei têm em curso um plano para jogar às urtigas por aplicação do previsto no art.º 12.º onde diz no ponto …” 1 – Nas áreas de protecção parcial são interditas as seguintes actividades:
Alteração no relevo e destruição do coberto vegetal, com excepção das imprescindíveis para a gestão agro-florestal e prevenção de incêndios, devidamente autorizadas pela Comissão directiva do PNRF nos termos previstos pela legislação em vigor e pelo presente regulamento.
Nota: Na minha opinião a aplicação desta alínea nem permite plantar couves.
Obras de construção e de ampliação de edifício, com excepção de equipamentos públicos de utilização colectiva de inequívoco interesse ambiental aprovados pela Comissão Directiva do PNRF.
Nota: Esta Comissão deve integrar a Engª. Valentina Calisto, o Engº. David Assoreira, e deve ter como consultor o Ex. Ministro Valente de Oliveira, e ainda D. Duarte o Duque de Bragança, visto de se tratar, com certeza, de mais uma Comissão dinástica e com sangue azul, como todas aquelas que têm governado o Algarve desde a revolução e da qual resultou o modelo de desenvolvimento sustentável em vigor até à data, e que o Miguel Sousa Tavares, que lê pouco, diz que é culpa das Câmaras, porque não lhe apetece ir para o Brasil, e quer fazer nudismo em Lagos mas, como é muito feio, tenta evitar o desenvolvimento e criação de riqueza aos algarvios, mas parece que tem mesmo que ir é para o Equador, porque aqui já está muita gente, e por vezes bonita.
A instalação de empreendimentos turísticos.
Nota: Como se pode ver está bem proibida esta actividade. Não vou descrever as outras alíneas, visto ainda criarem mais restrições até às alíneas anteriores. (Fixe), ressaltando no entanto que mesmo as construções de equipamentos públicos, só podem ter 150 m2 por aplicação da alínea e) do ponto 2 do mesmo artigo.
Da leitura do Plano se poderá constatar que não era preciso tanto papel para restringir tudo como se pretende restringir, bastava um Art.º único que dizia:
Art.º 1.º- É tudo proibido dentro da Área do Parque, nomeadamente pensar uma vez que ocupa um espaço do caraças e ainda não está provado que não faça mal ao ambiente, pelo que por via das dúvidas e da aplicação da teoria das associações ambientalistas proíbe-se até que se receba alguma coisa em troca, nomeadamente avenças em cimenteiras, campos de golfe etc., ou emprego no Estado em institutos em vias de extinção, (como o lince ibérico), e que por via dessa mesma extinção possibilitem indemnizações adequadas a quem elaborou o Plano, e ainda não comprou um Audi A6.
Uma vez que o tempo não é mito e este documento não está acabado devem ainda ser tidos em atenção os seguintes artigos:
27.º c)…. Reflorestação que deverá ser efectuada preferencialmente com sobreiros (Quercus suber)…
Nota: Esta área que vem desde o caminho de ferro em Vale da Venda, até ao mar na zona poente da Praia de Faro, tem a ver (no meu entendimento) com a grande capacidade de reprodução dos sobreiros em água salgada como se pode constatar na praia da Messejana no Alentejo, e ainda contribuir para a concorrência que a Engª. Valentina (uma vez que se trata de parte dos terrenos onde foi construída a casa com 750 m2 atrás referida) pretende legitimamente fazer a Américo Amorim na área de produção de rolhas e que irá levar o Farense à primeira liga.
Assim acho que será de apoiar este art.º.
Por agora é o que se me oferece dizer, mas basta ler o plano no site do ICN.

*PIN- Projecto de Interesse Nacional

CERTIFICAÇÃO ENERGÉTICA

Noticia de últina hora: foi hoje publicado, no Diário da República, a calendarização da aplicação do Sistema de Certificação Energética e da Qualidade do Ar Interior ( SCE ) aos vários tipos de edifícios.
Bom proveito.

segunda-feira, 4 de junho de 2007

DESASSOSSEGOS DA (minha) IMAGINAÇÃO

(produção atelier pedroso)

Uma folha em branco é sempre um momento único, quase mágico.
Que diálogo estabelecerei comigo, que pensamento me irá atingir, que traço conduzirá o lápis?
Quem conduz quem ou, de outro modo, o que é que conduz o quê?
Mais um traço…que quererá este dizer?...outro traço…e mais outro…
Volumes embrionários, formas em evolução…um constante decifrar, umas vezes calmo, outras vezes quase dramático.
E nesta constante descodificação de traços, formas e volumes, muita vezes se chega a becos sem saída - mas há que lá ir para se saber que não é por ali.
Outras quase nos dominam mas não nos convencem… falta-lhes qualquer coisa.
Até que há um momento qualquer - nem sempre atingido - onde este desassossego sossega e a alma feita desenho se acalma.

sexta-feira, 1 de junho de 2007

LA BURBUJA

O Mercado imobiliário em Espanha está ao rubro e a dar sinais claros de queda. No 1º trimestre de 2007 o preço subiu 7.2% (homólogo) que é a taxa mais baixa em 8 anos. Depois destes anos de explosão as casas estão muito caras. No litoral a procura tem sido alimentada em boa parte por estrangeiros que ficam inquietos com o risco de um crash do mercado. O governo espanhol diz que não, que vai haver uma aterragem suave. Pode ser.
O preço médio em San Sebastian está em 4337 €/m2, em Madrid é 3729 €/m2 e em Barcelona 3539 €/m2. Seguindo outros indicadores há vendas que atingem 9000 €/m2, talvez 3 vezes os preços praticados nAs principais cidades portuguesas.
A queda dos imóveis em Espanha iria refrear a movida e a despesa dos espanhóis durante alguns anos. Mas também poderia levar a que os investidores olhassem mais para o que se passa em Portugal.
Espanha tem melhores infra-estruturas, a qualidade de vida pode ser melhor do que em Portugal, está mais perto da Europa e sobretudo está na moda. Mas o risco de uma queda dos imóveis de 20% pode ser suficiente para travar a anterior dinâmica e levar mais gente a olhar à volta.
Com um bem normal e homogéneo - por exemplo, a gasolina - não seria de esperar que dentro de uma mesma zona económico-geográfica houvesse uma disparidade de preços tão significativa. Os consumidores tratariam de fazer a aproximação à lei do preço único. É claro que um imóvel não é exactamente um pacote de caramelos.
Mas, mesmo assim, os promotores imobiliários vão continuar a construir nas zonas esgotadas do litoral espanhol? Ou os ingleses vão continuar a preferir pagar o dobro ou mais por um apartamento em Málaga – que já tem 108 mil propriedades vagas – em vez de optarem pela costa portuguesa? Estes não têm só de avaliar se compram caro ou barato e se têm opções de idêntica qualidade e mais baratas. Neste momento são confrontados com o risco de verem o seu investimento perder valor no médio prazo, o que não costuma ser a melhor das perspectivas.
A situação do imobiliário em Espanha pode indicar diversas coisas. 1º, que os preços praticados em Portugal não são, em termos comparativos, elevados. 2º, que existe procura potencial na Europa pelo imobiliário do litoral da Península Ibérica. 3º, que o arrefecimento mais que previsível em Espanha pode canalizar procura para Portugal, eventualmente, pressionando um pouco os preços. 4º, que os operadores – não só espanhóis – tenderão a dar mais atenção ao mercado nacional.
Se tudo fosse linear poderia dizer-se que na próxima fase de taxas de juro baixas, lá para 2010-2011, os empreendimentos turísticos nacionais com qualidade poderão estar na mira de importantes faixas de investidores europeus, sustentando os preços.

Pode ser essa a nossa vocação geracional: vender o litoral a retalho.
Luis Rosa

Não OTA, nem des`OTA

Caso a ANA (e os outros) não Concorde com o Mário, este caso vai continuar a não bater a bOTA com a perdigOTA.